Hillary Clinton busca apoio argelino contra extremistas do Mali
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, declarou nesta segunda-feira em Argel, na Argélia, ter tido uma conversa aprofundada com o presidente Abedelaziz Bouteflik sobre a região do Sahel, centro da África, em particular o Mali. O objetivo de Hillary é conseguir o apoio de Bouteflik para uma eventual intervenção militar internacional no norte do Mali, a fim de expulsar extremistas islâmicos.
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“Gostei muito da análise do presidente, baseada em sua longa experiência, em relação aos numerosos complexos fatores inerentes à segurança interna do Mali, assim como a respeito da ameaça que o terrorismo e o tráfico de droga oferecem à região”, disse Hillary aos jornalistas na capital argelina.
Desde abril, integrantes do Aqmi (al-Qaida do Magreb Islâmico), seus aliados tuaregues de Ansar Dine e os jihadistas Mujao impõe a charia (lei islâmica integralista) no norte do Mali e numa área de 1400km de fronteira com a Argélia. Além disso, o Sahel se tornou uma região de intenso tráfico de todos os gêneros, em especial de armas, desde o conflito líbio, em 2011.
“A Argélia, sendo o país mais poderoso do Sahel, tornou-se um parceiro crucial para se ocupar do Aqmi”, explicou um responsável do Departamento de Estado que acompanhava Hillary Clinton.
Dotada de um poderoso exército, a Argélia dispõe de informações e de um conhecimento inegável em contra-terrorismo após ter combatido durante dez anos o Grupo Islâmico Armado (GIA), da qual a Aqmi é um derivado. A Argélia também tem influência entre os tuaregues, que muitas vezes colaboraram como porta-vozes entre o Mali e os rebeldes.
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