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Imprensa

Governo francês tem que se conformar com fechamento de fábrica da PSA

A resignação do governo francês com o fechamento de uma fábrica da montadora PSA Peugeot Citroën nos arredores de Paris é destaque nos jornais que circulam nesta quarta-feira. A imprensa explora as consequências políticas e econômicas do relatório encomendado pelo governo que confirma a necessidade de aplicar o plano de reestruturação anunciado para salvar a empresa.

Plano de restruturação da fábrica PSA Peugeot Citroën foi confirmada assim como a intenção de encerrar a unidade de Aulnay.
Plano de restruturação da fábrica PSA Peugeot Citroën foi confirmada assim como a intenção de encerrar a unidade de Aulnay. REUTERS/Philippe Wojazer
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O estado confirma o plano de reestruturação da PSA anuncia o Les Echos. A conclusão do relatório deixa claro que a queda das vendas no mercado europeu e a supercapacidade de produção da empresa justificam medidas duras como o fechamento da fábrica de Aulnay sous Bois e a demissão de 8 mil trabalhadores, escreve o jornal.
Em editorial, Les Echos cita o caso da montadora para denunciar o declínio industrial na França e alerta o governo a fixar duas prioridades: primeiro, agir para melhorar a competitividade se quiser convencer as empresas que usam muita mão-de-obra para investir no país. Segundo, privilegiar medidas de apoio para os setores mais promissores da economia.

Le Parisien lembra que o presidente Hollande chegou a considerar inaceitável o plano de reestruturação da construtora, mas ontem com a divulgação do relatório, prometeu apenas limitar o impacto social em nome da "solidariedade" com os trabalhadores. Como o governo não é acionista da PSA, não pode impedir as demissões, escreve o jornal.

Le Figaro destaca que o presidente François Hollande teve que se conformar com o fechamento da fábrica e aprovar o plano de reestruturação que provoca a ira da esquerda radical francesa e dos funcionários da PSA que serão demitidos. Em editorial, o jornal conservador diz que o relatório lembra que a concorrência internacional é extremamente violenta e as empresas devem ser ágeis e rentáveis para sobreviver neste mundo globalizado.
O documento revela ainda, segundo o Le Figaro,uma contradição bem francesa: por muito tempo a montadora foi exemplo de investimento no parque industrial dentro do próprio país e agora é criticada por não ter investido no mercado internacional e aberto fábricas em países onde o custo do trabalho é menor, como fizeram os concorrentes.
 

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