Rebeldes tentam invadir centros das forças de Assad em Aleppo
Após a invasão de três delegacias de polícia em Aleppo, rebeldes sírios anunciaram, nesta quarta-feira, que pretendem agora invadir centros de serviços de informação dos militares do regime. Do outro lado, as forças do presidente Bashar Al-Assad duvidam que o objetivo dos insurgentes seja atingido.
Publicado a: Modificado a:
Os rebeldes ganharam força na terça-feira ao tomar postos de polícia na cidade, entre eles o comissariado de Salhine, o mais importante de Aleppo. “É uma pequena vitória, bom para o moral”, avaliou o general do Exército Livre Sírio (ELS), Abdel Nasser Ferzat.
Ele considera que o mais importante é a invasão dos centros de informação dos militares sírios. “Se eles lugares caírem, a vitória será possível”, espera.
Um fonte da segurança síria afirmou que o objetivo dos rebeldes é principalmente tomar o posto da aeronáutica do bairro de Zahra, na periferia de Aleppo – o que os permitiria chegar a outras localidades ainda intocadas pela revolta. “Faz cinco dias que eles tentam invadir este posto, sem sucesso”, desacredita a fonte.
Batalha "decisiva"
Depois do dia 20 de julho, os confrontos entre insurgentes e forças de Assad se concentram em Aleppo, segunda maior cidade e centro econômico do país. Governo e rebeldes investem no envio de reforços ao local para uma “batalha decisiva” evocada frequentemente nos últimos dias por ambos os lados.
Na manhã desta quarta-feira, Assad declarou que o exército sírio promove uma batalha "crucial" para o destino do país. "O inimigo se encontra hoje entre nós, utilizando agentes interiores para desestabilizar a pátria, a segurança do cidadão e para esgotar nossos recursos econômicos e científicos", disse.
Já o porta-voz dos insurgentes, o coronel Kassem Saadeddine garantiu que o ELS controla 50% da região da metrópole do norte. Ele revelou que eles pretendem criar uma zona de segurança em Aleppo e Idleb, uma outra cidade importante do país. A ação permitiria transportar facilmente armas através da Turquia e ter uma estrutura militar mais organizada.
Segundo o chefe dos insurgentes em Aleppo, o coronel Abdel Jabbar Al-Oqaidi, cerca de 4 mil rebeldes estão entricheirados na cidade. Composta de desertores e civis, o ELS é equipado de armas leves e médias, mas também de material de guerra abandonado pelas forças de Assad. Esta, por si, conta com uma artilharia potente, tanques e helicópteros.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro