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Paraguai/Crise

Argentina anuncia suspensão do Paraguai da Cúpula do Mercosul

O governo da Argentina, país à frente da presidência rotativa do Mercosul, anunciou neste domingo a suspensão do Paraguai da participação da próxima Cúpula do bloco aumentando ainda mais o isolamento do país após a destituição do presidente Fernando Lugo. Os países da Unasul devem se reunir na próxima quarta-feira para discutir a situação do Paraguai.

Protesto popular deste domingo em Assunção contra o novo presidente paraguaio, Federico Franco.
Protesto popular deste domingo em Assunção contra o novo presidente paraguaio, Federico Franco. REUTERS/Marcos Brindicci
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O Mercosul decidiu “retirar o Paraguai, de maneira imediata, o direito de participar da 43ª reunião do Conselho do mercado comum e da Cúpula dos presidentes do países que compõe o Mercosul bem como das reuniões preparatórias”, informou o comunicado do ministério das Relações Exteriores da Argentina, país que irá sediar o encontro a partir de quinta-feira, em Mendoza. A reunião de Cúpula está prevista para durar dois dias.

Durante o dia, o novo chanceler paraguaio, José Felix Fernandez Estigarribia, tinha expressado seu desejo de participar da Cúpula do Mercosul, bloco que reúne o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai como membros plenos, a Venezuela como membro em processo de adesão e por Colômbia, Chile, Bolívia, Equador e Peru como estados associados.

Outra instituição regional, a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), que tem o Paraguai na presidência rotativa, também deve se reunir para discutir para avaliar a situação do país após a destituição de Fernando Lugo.

“A reunião está prevista para quarta-feira no Peru”, país que irá assumir a próxima presidência rotativa do bloco, afirmou o governo do Equador.

A Unasul reúne a Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e a Venezuela.

Nenhum país da região reconheceu ainda o governo do novo presidente paraguaio, Federico Franco, que assumiu na sexta-feira logo após o impeachment de Lugo. Em protesto, sete países, entre eles Argentina e Brasil, convocaram seus embaixadores em Assunção de volta.

No domingo a Venezuela anunciou a suspensão das exportações de petróleo ao Paraguai. “Lamentamos mas não vamos apoiar um golpe de estado”, justificou o presidente Hugo Chávez.
 

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