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Israel/ Protesto

Israel deporta ativistas pró-Palestina

Cinquenta e oito ativistas internacionais, entre eles 43 franceses, detidos em cadeias nos arredores de Tel Aviv, devem ser deportados entre hoje e amanhã para seus países de origem. Eles tiveram a entrada negada em Israel no domingo pelo engajamento na campanha “Bem-vindo à Palestina”, que previa a chegada em massa ao aeroporto internacional do país de 1.500 ativistas para participar de um evento em Belém, na Cisjordânia.  

Polícia israelense acompanha manifestante pró-Palestina no aeroporto internacional de Ben Gurion, em Tel Aviv, neste domingo.
Polícia israelense acompanha manifestante pró-Palestina no aeroporto internacional de Ben Gurion, em Tel Aviv, neste domingo. REUTERS/Ronen Zvulun
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Vinte e um manifestantes aceitaram voltar voluntariamente e já deixaram Israel. Outros 300 ativistas, no entanto, nem conseguiram embarcar para Tel Aviv depois que o governo israelense enviou uma lista de nomes às companhias aéreas, alertando para o fato de que as empresas arcariam com os custos da viagem de volta desses passageiros.

A campanha “Bem-vindo à Palestina” foi apelidada de “Flytilla”, num jogo de palavras que faz alusão à “Flotilha da Liberdade”, em 2010, quando centenas de manifestantes internacionais tentaram cruzar o bloqueio naval israelense à Faixa de Gaza.

No ano passado, 800 pessoas tentaram participar da campanha, mas 120 foram deportadas e o restante foi impedido de embarcar.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu elogiou a polícia e o Ministério das Relações Exteriores por terem conseguido frustrar os planos dos ativistas.

Netanyahu afirmou que, se eles quiserem checar violações dos direitos-humanos, “devem viajar para a Síria ou para o Irã”.

Mas a imprensa israelense acusou as autoridades de histeria diante de pacifistas inofensivos.

Um colunista sugeriu que o governo deveria ter dado flores aos visitantes e cuidado do transporte deles até Belém, para provar que Isarel é uma democracia.

Greve de fome

Cerca de 1.200 prisioneiros palestinos detidos em Israel iniciaram nesta terça-feira uma greve de fome e outros 2.300 decidiram recusar qualquer alimento durante 24 horas, para marcar o Dia dos prisioneiros. Mais de 4.700 palestinos estão presos em Israel, segundo o Clube dos prisioneiros palestinos, a maior parte deles cumprindo penas de prisão perpétua.

Daniela Kresch, correspondente da Rádio França Internacional em Tel Aviv.
 

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