Fotógrafo britânico retirado da Síria chega no Líbano
O fotógrafo britânico Paul Conroy, ferido em um bombardeio na semana passada em Homs, foi retirado da Síria e levado para o Líbano. A informação foi dada pelo pai de Conroy à imprensa britânica. A retirada de Edith Bouvier, jornalista francesa ferida no mesmo ataque, continua bloqueada.
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“Nós acabamos de receber a notícia de Beirute. Eu falei com ele por telefone”, declarou a família de Conroy. O ministério de Relações Exteriores britânico não confirmou a informação. O fotógrafo, que trabalha para o Sunday Times, fez um apelo na semana passada, através de um vídeo, para ser retirado de Homs. Nas imagens, ele diz ter “três feridas profundas na perna” e ter recebido estilhaços no abdome.
O ministro das Relações exteriores da França, Alain Juppé, disse hoje que o estado de saúde de Bouvier, também ferida na perna, é "estável". O chanceler afirmou que o governo continua em negociações com Damasco para garantir condições de segurança para o transporte da jornalista e também do corpo do repórter fotográfico francês Olivier Ochlik, morto durante os bombardeios.
Em Genebra, a situação na Síria se transformou no assunto principal das discussões do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que desde ontem realiza sua reunião anual. No plenário, a ministra brasileira de Direitos Humanos, Maria do Rosário, insistiu sobre a posição brasileira de não intervenção militar na Síria e pediu mais esforços por uma solução diplomática. Ao lado do Brasil, Irã, China e Rússia exprimiram o mesmo posicionamento.
Ontem, a União Europeia reforçou as sanções contra o regime sírio, congelando os bens do Banco Central sírio e restringindo o tráfego aéreo do país com a Europa. Também nesta segunda-feira, a Síria comemorou a aprovação, por 90% dos votos, da nova Constituição submetida a referendo pelo regime, no domingo. Washington qualificou a votação de "um cinismo absoluto".
A Anistia Internacional denunciou nesta terça-feira uma "escalada da repressão" no Irã durante o último ano, que segundo a organização agrava-se pouco antes das eleições legislativas de 2 de março.
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