Últimos brasileiros que estavam no Concordia voltaram para o Brasil

Os últimos brasileiros que estavam no navio naufragado Costa Concordia e ainda não tinham deixado a Itália embarcaram para o Brasil na noite desta terça-feira. Todos eram tripulantes do cruzeiro. 

Ilha de Giglio fica na Toscana. REUTERS/Italian Guardia di Finanza

Rafael Belincanta, correspondente RFI em Civitavecchia

De acordo com o Consulado Geral do Brasil em Roma, cinco deles fizeram novos documentos e imediatamente partiram para o aeroporto de Roma. A única que ainda está em Civitavecchia, de onde partem os barcos para a ilha de Giglio - onde aconteceu o acidente -, é a paulistana Maíra Sakura, que trabalhava nas funções de recreação do navio. Ela só recebeu os documentos na manhã desta quarta-feira. Emocionada, relembrou a tragédia, os amigos ainda desaparecidos e o único pertence que restou.

“A gente se cobriu com uma coberta de criança e esperou até a outra manhã, para podermos ir embora da ilha”, contou. “A gente espera por um milagre. Tinha um músico muito jovem, de em torno de 20 anos, que tinha acabado de embarcar [e está desaparecido]”, relatou a funcionária do cruzeiro.

O Juizado de Investigações Preliminares determinou na noite desta terça-feira a prisão domiciliar do comandante Francesco Schettino. As buscas pelos desaparecidos seguem na Ilha de Giglio. Foi divulgada também a primeira lista oficial da prefeitura da cidade de Grosseto, próximo à Ilha: são 28 pessoas que ainda não foram encontradas, entre elas 24 turistas italianos, alemães, franceses e norte-americanos. Os funcionários desaparecidos são um italiano, um húngaro, um indiano e uma peruana.