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Escândalo/Silicone

Brasil e França discutem sobre próteses mamárias defeituosas

Nesta segunda-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (AFSSAPS) realizam uma audioconferência para discutir o andamento do caso das próteses de silicone defeituosas da marca francesa PIP.

Prótese de silicone defeituosa (d) da marca PIP retirada de paciente venezuelana.
Prótese de silicone defeituosa (d) da marca PIP retirada de paciente venezuelana. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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O objetivo da Anvisa é o de conhecer os detalhes das investigações realizadas pela agência francesa e obter os resultados dos testes de laboratório realizados com os lotes enviados para o Brasil. Outra preocupação do Brasil, que era um dos grandes clientes da empresa francesa, é entender a relação existente entre a prótese PIP e a possibilidade de aumento de risco de casos de câncer. No Brasil, as próteses tiveram o registro cancelado. Em todo o país, cerca de 25 mil mulheres usaram o implante da PIP.

Na França, o governo anunciou nesta quinta-feira que pretende lançar uma proposta para reforçar a regulamentação de materiais médicos em nível europeu. Hoje a imprensa francesa revelou que a empresa PIP, além das próteses de silicone para seios feitas com produtos não adequados para uso médico, também produziu próteses para homens, como implantes para glúteos, peitoral e testículos. A produção foi exportada, principalmente, para a América do Sul.

O jornal Figaro também trouxe a revelação que a PIP era a fornecedora oficial de próteses para a reconstrução mamária dos mais renomados institutos de combate ao câncer na França. Até o momento, na França, foram detectados 20 casos de câncer em usuárias das próteses de silicone com defeito. As autoriaddes, porém, dizem que ainda é cedo para associar a doença ao implante. Ao todo, 30 mil mulheres na França usam o produto.

Rugas

Após o escândalo das próteses mamárias, as autoridades europeias também estão preocupadas com os produtos para preenchimento de rugas. Para a França, o controle do uso de gels de combate ao envelhecimento da pele é muito frágil. Segundo o jornal birtânico The Times, 160 produtos para o preenchimento de rugas são autorizados no Reino Unido contra apenas 6 nos Estados Unidos.

Na França, a agência francesa autoriza o uso e comercialização de 110 produtos injetáveis, como o ácido hialurônico, para atenuar os sinais de envelhecimento. Esse tipo de gel não é considerado como um medicamento, o que faz com que as normas para a venda sejam mais flexíveis.

 

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