Geithner pede fim de declarações sobre explosão da zona do euro
O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, pediu nessa sexta-feira aos países europeus que parem com “declarações imprudentes” sobre o desmantelamento da zona do euro. Geithner está na Polônia, onde participa de uma reunião de ministros europeus das Finanças que tem o objetivo de conter a crise financeira na Europa.
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Timothy Geithner também afirmou que os países da zona do euro têm meios para acabar com a crise, mas deverão fazer escolhas drásticas.
Os ministros europeus das Finanças se reúnem, em Wroclaw, na Polônia, com o objetivo de chegar a um acordo sobre a crise da zona do euro e a ajuda à Grécia. O secretário americano do Tesouro participa de maneira excepcional da reunião.
Com a garantia dos bancos centrais de injetar dinheiro no sistema bancário europeu, anunciada nessa quinta-feira, os ministros europeus podem se dedicar a outros aspectos urgentes da crise. A começar pela Grécia. O ministro Evangelos Venizelos deverá convencer seus colegas de que seu país vai cumprir com os objetivos orçamentários e diminuir seu déficit.
A Finlândia ainda não está convencida e ameaça bloquear o novo pacote para socorrer a Grécia. Atenas só poderá receber a sexta parcela da ajuda internacional se aprovar o projeto de orçamento de 2012 até o final deste mês. Outro assunto na pauta é o fortalecimento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, criado para ajudar os países em dificuldades, atualmente dotado de 440 bilhões de euros. Os ministros das Finanças vão discutir a proposta de aumentar sua reserva para 750 bilhões.
Neste caso, a presença do secretário americano do Tesouro deve ser bem útil. Timothy Geithner vai propor uma maior capacidade de intervenção do Fundo Europeu, citando a experiência dos Estados Unidos. Durante a crise de 2008, o Federal Reserve e o Tesouro americano criaram um mecanismo extra para relançar os mercados. A ideia é de que o Fundo Europeu funcione como um grande fiador e forneça garantias, quando, por exemplo, o Banco Central Europeu comprar títulos das dívidas soberanas dos países em crise.
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