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Líbia/Guerra

Rebeldes líbios já se preparam para governar o país após Kadafi

A rebelião líbia, que está às portas de Trípoli, definiu novas diretrizes a serem seguidas após a derrubada de Muammar Kadafi. Em documento chamado “declaração constitucional” os rebeldes preveem colocar no poder uma assembleia que será eleita em um prazo de menos de um ano e a adoção de uma nova constituição.

Rebeldes líbios se mostram confiantes na vitória depois da tomada das cidades de Gharvane, Sorman e Zawiyah.
Rebeldes líbios se mostram confiantes na vitória depois da tomada das cidades de Gharvane, Sorman e Zawiyah. REUTERS/Bob Strong
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A “declaração constitucional” é uma versão modificada e detalhada do documento apresentado em março pelo Conselho nacional de transição (CNT), o órgão político da rebelião, com base em Benghazi, no leste do país. Ela descreve, em 37 artigos e uma dezena de páginas, as principais etapas do período de transição depois de uma eventual queda do coronel Muammar Kadafi.

Ao mesmo tempo, em campo, os responsáveis pelas forças rebeldes se declaram próximos da vitória final graças à tomada do controle de três cidades, Gharvane, Sorman e Zawiyah, próximas da capital Trípoli, bastião do regime de Kadafi. A conquista das cidades permite aos rebeldes controlar uma parte da rota costeira e cortar o abastecimento entre Tunísia e Trípoli, essencial para o regime de Muammar Kadafi.

Mas a região ainda é palco de intensos combates nessa quarta-feira. Forças rebeldes e pró-Kadhafi se enfrentam na cidade de Ajaylat, próxima da fronteira com a Tunísia, afirmou um porta-voz militar da rebelião, o coronel Ahmed Omar Bani, em uma conferência de imprensa em Benghazi.

Em Brega, porto petrolífero no leste do país dominado desde abril pelas forças pró-Kadafi, os insurgentes também avançaram nos últimos dias e controlam atualmente quase toda a zona residencial.

Negociações entre rebeldes e o governo de Kadafi

O enviado especial da ONU para a Líbia, Abdull Ilah al-Khatib, saiu da Tunísia terça-feira depois de uma visita de 24 horas durante a qual ele encontrou representantes líbios em um contexto de confusão em torno de eventuais reuniões entre rebeldes e representantes do governo líbio.

Segundo fontes, as reuniões secretas aconteceram no domingo em Djerba, não muito longe da fronteira entre Tunísia e Líbia. Mas a rebelião desmentiu categoricamente todas “negociações, diretas ou indiretas”, com o regime de Kadafi.
 

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