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Le Figaro descreve minuto a minuto os erros de pilotagem que provocaram à queda do AF447

Em sua edição desta quarta-feira, o jornal francês Le Figaro refaz o roteiro da tragédia do voo AF447 a partir dos erros de pilotagem. Segundo o jornal, as informações reveladas pelas caixas-pretas são terríveis para a tripulação.

A rota do voo AF 447 é destaque na imprensa francesa desta quarta-feira no jornal Le Figaro.
A rota do voo AF 447 é destaque na imprensa francesa desta quarta-feira no jornal Le Figaro. RFI
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Depois das revelações de que o comandante do voo não estava na cabine no momento da pane, novas informações do diário americano Wall Street Journal indicam um provável erro de pilotagem para manter o Airbus sob controle depois de problemas com os indicadores de velocidade, escreve o Le Figaro. O fato de que os pilotos não reagiram corrretamente diante de elementos cruciais do voo, como o ajuste da arrancada do aparelho, levou o jornal francês a começar a definir o roteiro do acidente, desde o último contato com o centro de controle do Recife à 1 hora e 35 minutos, pelo horário francês, até 2 horas e 14 minutos, o momento do impacto com o Oceano Atlântico.

Le Figaro lembra que, ao contrário de outros voos, o AF447 não desviou de uma zona meteorológica delicada, como mostraram as imagens de satélite e houve um congelamento das sondas Pitot, que medem a velocidade do avião. A Airbus recomenda a marca americana Goodrich, mas a Air France decidiu pelo modelo francês Thales. Esse patriotismo econômico teve um papel no acidente? A presença do comandante iria mudar alguma coisa?, questiona o Le Figaro. O jornal também pergunta se a Air France tinha preparado seus pilotos para enfrentar problemas de congelamento das sondas em alta altitude e quer saber por que no momento em que o avião começou a cair, os pilotos não conseguiram estabilizá-lo.

A investigação deve se concentrar sobre o procedimento dos pilotos durante a pane, escreve o Le Figaro. Antes do acidente, lembra o jornal, a Air France pedia à sua tripulação para respeitar os alarmes e pilotar o aparelho. Após a tragédia, essa determinação acabou, assinala o Le Figaro. Já a Airbus deve dizer se o procedimento dos pilotos durante a pane foi adequada, afirma o jornal.

As primeiras respostas devem aparecer na sexta-feira, dia em que a BEA, agência que investiga as causas do acidente, deverá comunicar as primeiras informações sobre a leitura das caixas-pretas, escreve o Le Figaro.
 

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