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Protestos/Oriente Médio

Movimento por reformas se intensifica no Iêmen e no Barein

O Iêmen teve mais um dia de protestos contra o presidente Ali Addallah Saleh, que governa o país há 32 anos. Chefes tribais anunciaram ter se aliado à oposição parlamentar iemenita e aos rebeldes xiitas no movimento por reformas. No Barein, o rei Al-Kalifa mudou as atribuições de cinco ministros, mas manteve no cargo seu primeiro-ministro, no poder há 40 anos, irritando os manifestantes.

Em Sanaa, no Iêmen, manifestantes pedem a saída do presidente Ali Abdallah Saleh.
Em Sanaa, no Iêmen, manifestantes pedem a saída do presidente Ali Abdallah Saleh. Reuters
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A onda de protestos nos países do Oriente Médio e norte da África se intensificou neste sábado sem que os manifestantes vejam uma luz no fim do túnel. Aden, a maior cidade do sul do Iêmen, berço dos protestos contra o regime do presidente Ali Abdallah Saleh, viveu cenas de guerra na última madrugada, com pelo menos quatro mortos, segundo fontes hospitalares. Chefes tribais iemenitas anunciaram ter se aliado à oposição parlamentar e aos rebeldes xiitas no movimento por reformas, que pede a saída do presidente Saleh.

No Barein, o "diálogo nacional" proposto pelo rei sunita Hamad Ben Issa Al-Kalifa tem ficado só nas declarações. Depois de uma grande manifestação popular ocorrida ontem, o rei anunciou neste sábado mudanças no ministério, trocando as atribuições de cinco ministros. Mas o pivô da crise, o primeiro-ministro na chefia do país há quatro décadas, ficou no cargo, irritando os manifestantes. 

Na Tunísia, policiais dispersaram uma nova manifestação em frente ao Ministério do Interior, no centro da capital. Um violento protesto, ontem, no mesmo local, com mais de cem mil pessoas, terminou com mais de vinte policiais feridos, carros da polícia queimados e pelo menos três delegacias incendiadas. A principal avenida de Tunis registrou cenas de batalha campal. Policiais tunisianos encapuzados e armados chamaram os manifestantes de "terroristas que tentam semear o caos". Depois de derrubar o ditador Ben Ali, os tunisianos continuam exigindo a saída do primeiro-ministro Mohammed Ganouchi, que assumiu o governo de transição desde 14 de janeiro. O país teme uma instabilidade ainda maior com o afluxo de refugiados na fronteira com a Líbia.

No Iraque, o guia espiritual da comunidade xiita, o aiatolá Ali  Sistani, defendeu a suspensão de benefícios atrubuídos aos políticos iraquianos, no dia seguinte a uma manifestação popular que deixou 17 mortos no país. 

Na Jordânia, vinte e cinco ativistas estão acampados desde ontem na praça onde fica a prefeitura de Aman para pedir reformas "sérias", como sublinham os manifestantes, ao governo local. 

Na Argélia, cerca de cem manifestantes desafiaram o forte esquema policial enviado pelo governo às ruas na terceira tentativa de realizar uma passeata nas ruas da capital, Alger; Os manifestantes, do grupo pró-democracia RCD, reivindicam mudanças no governo do presidente Abdelaziz Bouteflika.
 

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