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Rússia/Incêndios

Incêndios ameaçam instalações nucleares na Rússia

A Rússia enfrenta a pior onda de incêndios dos últimos 40 anos. O fogo já provocou a morte de 52 pessoas e ameaça instalações militares e nucleares no país. Pelo menos 193.516 hectares de áreas florestais foram atingidos. As temperaturas no país são as mais altas dos últimos 130 anos.  

Fumaça provocada por incêndios cobre ruas de Moscou.
Fumaça provocada por incêndios cobre ruas de Moscou. Alexandre Billette/RFI
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Máscaras ou lenços para cobrir o rosto e proteger os olhos da intensa fumaça. Esses são os acessórios essenciais para as pessoas que caminham pelas ruas da capital russa. Símbolo de Moscou, o Kremlin, desapareceu atrás de uma espessa nuvem de fumaça nesse sábado.
A combinação de incêndios com as altas temperaturas cria uma sensação de sufocamento e qualidade do ar está crítica. Nesse sábado, os termômetros voltaram a marcar 36°C e os médicos recomendam que a população permaneça em casa.

Segundo as autoridades sanitárias, o nível de monóxido de carbono no ar está cinco vezes mais elevado que o nível máximo tolerável. O Ministério de Situações de Urgência advertiu que os incêndios devem continuar a se alastrar pelo oeste russo e, segundo os serviços de previsão do tempo, a onda intensa de calor, que já dura um mês, não deverá dar trégua nos próximos dias. A fumaça, que atinge até as estações de metrô de Moscou, deve persistir até a próxima quarta-feira .

Por causa da visibilidade reduzida, o tráfego aéreo em Moscou foi desviado para o aeroporto de Cheremetievo, no norte da capital, e outros para a Ucrânia. Helicópteros e aviões usados no combate aos incêndios também foram impedidos de voar por causa da densidade da fumaça.

Usinas ameaçadas

Além da destruição de grandes regiões florestais, as autoridades russas também se preocupam com a situação das instalações nucleares. Na região de Nijni-Novgorod, a 500 km a leste da capital russa, militares derrubaram árvores em torno da central de Sarov para tentar evitar o risco de novos focos de indêndio. Os militares também anunciaram que tiraram todos os materiais radioativos do complexo.

A região de Briansk, na fronteira com a Ucrânia ao sudoeste da Rússia, representa outra grave ameaça. O solo e a vegetação de Briansk estão contaminados por elementos radioativos decorrentes da explosão da usina de Chernobyl em 1986. Um incêndio nessa área poderia propagar a poluição radioativa.

 

 

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