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EUA/desastre ambiental

BP paga limpeza e indenizações da maré negra

Em comunicado publicado nesta segunda-feira, a British Petroleum afirmou que vai pagar todos os custos necessários à limpeza da mancha de petróleo que atinge a costa americana. O grupo petrolífero também garante que pagará as indenizações que forem vinculadas à maré negra.  

Mancha de óleo provocada por vazamento atribuído à empresa petrolífera British Petroleum.
Mancha de óleo provocada por vazamento atribuído à empresa petrolífera British Petroleum. Reuters
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"BP assume a responsabilidade da resposta à maré negra… vamos limpá-la", garantiu no documento publicad em um portal internet dedicado à gestão da catástrofe ambiental.

Por outro lado, o grupo se compromete a pagar todas as despesas de indenização desde que sejam comprovadas que estão vinculadas à maré negra. Neste caso estão previstos danos à bens, prejuízos a particulares e perdas comerciais.

Robôs submarinos, barreiras flutuantes, nada parece resolver a maré negra que avança pelo Golfo do México. Depois da explosão da plataforma de perfuração de petróleo da empresa British Petroleum (BP) no dia 20 de abril, cinco mil barris de petróleo continuam vazando por dia. A mancha de petróleo já ocupa uma área de 10 mil km². Os estados norte americanos de Louisiane, Mississipi, Alabama e Flórida já declararam estado de emergência.

A amplitude do acidente, fez o presidente norte-americano Barack Obama mudar o discurso. Se antes ele falava de expansão da exploração de petróleo no Golfo do México, agora o mais importante é garantir a proteção ambiental.

Diante das críticas à negligência do governo, Obama foi visitar o local neste domingo. Ele declarou se tratar de uma catástofre ambiental sem precedentes e nao poupou críticas à empresa britânica BP.
"Como a situação é grave, nós estamos trabalhando intensamente com os estados, comunidades e todos os que foram atingidos por essa crise. Mas, sendo claro, a BP é responsável, a BP pagará", disse Obama.

A BP terá uma enorme fatura. Até o momento, os gastos da empresa com o desastre crescem 6 milhões de dólares por dia. Os especialistas comparam a catástrofe com o naufrágio do Exxon Valdez, em 1989. Na época, 40 mil toneladas de petróleo bruto foram jogados na costa do Alasca. A empresa Exxon, foi obrigada a pagar dois bilhões de dólares na limpeza e mais 800 milhões em indenizações.

A BP já declarou que vai assumir todos os danos e indenizará todos que provarem que foram atingidos pela catástofre. Por enquanto, quem sai prejudicado é o setor pesqueiro. No domingo, autoridades proibiram a pesca na região por 10 dias. Os empresários locais já tinham perdido em 2005, 90% da estrutura pesqueira devido ao furacão Katrina. Agora o temor é que o desastre ecológico afaste os cardumes da região.
 

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