Paris semeia memória de Marielle Franco
Paris inaugurou este sábado um novo jardim em homenagem à vereadora brasileira Marielle Franco, assassinada em Março de 2018 no Rio de Janeiro.
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O jardim Marielle Franco situa-se junto da estação de comboio Gare de l'Est, no décimo bairro Paris. Trata-se de um jardim suspenso, com três terraços e uma vista para uma das principais estações de comboio da capital francesa.
Na inauguração estiveram presentes mais de 500 pessoas, entre elas os familiares de Marielle Franco. A activista brasileira defendia as "flores da resistência", lembra a filha de Marielle, Luyara Santos.
A Marielle "era uma pessoa muito iluminada. Depois de dia 14 de Março deixou várias sementes e estar neste jardim hoje é muito significativo", afirmou a filha da activista.
Para Marinete da Silva, a mãe da vereadora, esta homenagem é uma forma de pressionar o governo brasileiro a quem pede justiça pela morte da filha.
"Uma homenagem deste tamanho é mais uma forma de pressionar o governo brasileiro a ter um olhar diferente em relação ao caso da minha filha porque independentemente da Marielle ser uma activista, a Marielle era um ser humano plural", lembra Marinete da Silva.
Esta semana o nome de Marielle Franco foi indicado para o Prémio Sakharov atribuído pela União Europeia pela luta a favor dos direitos humanos. Na lista foram indicados três outros nomes brasileiros: o líder Caiapó Raoni, o antigo deputado federal Jean Wyllys (PSOL) e a defensora da Amazónia Claudilice Silva dos Santos.
O assassínio de Marielle Franco levantou várias manifestações de solidariedade em França. A fotografia da vereadora brasileira ficou meses exposta em vários prédios da capital francesa, entre eles o edifício da Câmara Municipal de Paris, que colocaram a imagem da activista brasileira nas fachadas.
Reportagem jardim Marielle Franco
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