Eleições europeias dominam as primeiras páginas dos jornais franceses, a dois dias do escrutínio de domingo aqui em França.Europeias: um escrutínio com desafios muito pesados, titula, LE MONDE. Surpreendente foi a vitória dos trabalhistas na Holanda, segundo uma sondagem duplicando o seu número de de deputados no parlamento europeu.Efectivamente votou-se ontem na Holanda e no Reino Unido, enquanto aqui em França a votação é no domingo com o chefe de Estado a querer pesar muito na balança nesta sua primeira eleição intercalar do seu mandato, sabendo que a sua lista pode, ficar atrás, da União Nacional, de Marine Le Pen.Do lado da família da esquerda, o total das intenções de voto é de 30% com o partido socialista correndo o risco de não estar presente em Estrasburgo. No seu editorial, LE MONDE, acrescenta que, em todo o lado, partidos nacionalistas e xenófobos avançam atacando não apenas a construção da Europa lançada há 60 anos, mas também a sua própria ideia.Escrutínio europeu, desafio mundial, replica, LA CROIX. Na ausência duma Europa forte, um avanço populista ajudaria Trump, que não quer ver uma potência organizada à sua frente. Mas também a China e a Rússia vêem com prazer este avanço nacionalista. Frente a uma Europa dividida sobre as suas novas Rotas da seda, a China não esconde a sua estratégia a favor de líderes populistas europeus.Porquê criar surpresa nestas eleições, relança, L'HUMANITÉ. Para estragar o cenário do duelo entre Macron e extrema-direita, eis algumas razões para se votar na lista liderada por Ian Brossat: redourar as cores da Europa social, não dar carta branca a Le Pen e seus aliados, mostrar cartão amarelo a Macron ou a União europeia deve ocupar-se da vida quotidiana das pessoas.Por seu lado, LIBÉRATION, ironiza, com estas europeias, perguntando: está alguém em casa? No final duma campanha monótona, a abstenção poderia no domingo bater o récorde, em relação às anteriores europeias.Para mobilizar os eleitores, cada cabeça de lista pretende encarnar o voto útil. Nem a escolha entre 34 listas nem a organização de debates conseguiram inverter este desinteresse do eleitorado que não viu nenhuma luz nas propostas feitas.No mercado de Lille, no norte, entre os desinteressados pela política, os desiludidos com a política de Macron e aqueles que não estão ao corrente, as eleições europeias não entusiasmam os eleitores, acrescenta, LIBÉRATION.Mudando de assunto, LE FIGARO, titula sobre os organismos públicos inúteis chamados à pedra. O governo quer financiar uma parte da redução dos impostos suprimindo instâncias consideradas inúteis ou redundantes com os serviços do Estado.Num projecto de circular, o primeiro-ministro, pediu a todos os ministérios para fechar os fazer fusões de operadores dependentes deles e que empreguem menos de 100 pessoas a tempo inteiro, salvo justificar o seu interesse para continuarem a existir.Enfim, sobre a África, uma nota cinematográfica, Kongo, mago em contra mão, um documentário de Hadrien La Vapeur e Corto Vaclav, presente no festival de cinema de Canes.Um filme inteiramente rodado em Brazaville, nas margens do rio Congo, onde se misturam crenças, bruxaria, predação de terras, o homem que acorda forças obscuras maiores do que ele, o curandeiro num país, colonizado pelo capitalismo.
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