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França

Presidente francês defende no Eliseu concertação europeia com a China

A visita do presidente chinês, Xi Jinping, a França, foi transformada hoje numa mini-cimeira, euro-chinesa, com o anfitrião francês, Macron e o seu homólogo chinês, a receberem a chanceler alemã, Merkel e o presidente da Comissão europeia, Juncker. No encontro ficaram registadas vastas convergências sobre a necessidade de consolidar o multilateralismo e aprofundar a parceria entre a União Europeia e a China.

O Presidente francês Macron no Eliseu, com o homólogo chinês, Xi Jinping, a chanceler alemã, Angela Merkel e o presidente da comissão europeia, Juncker.
O Presidente francês Macron no Eliseu, com o homólogo chinês, Xi Jinping, a chanceler alemã, Angela Merkel e o presidente da comissão europeia, Juncker. Thibault Camus/Pool via REUTERS
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Apesar das divergências e rivalidades político-económicas entre a União Europeia e a China, Paris foi hoje palco duma mini-cimeira euro-chinesa, com o chefe de Estado francês, Macron, a receber a chanceler alemã, Angela Merkel e o presidente da Comissão europeia, Jean-Claude Juncker, para juntos traçarem uma estratégia, com o Presidente chinês, Xi Jinping, que cumpre uma visita a França.

Ao convidar a chanceler alemã e o Presidente da Comissão europeia, o Presidente Macron, para juntos se encontrarem com Xi Jinping, no final do seu terceiro dia de visita a França, quis com isso, passar uma mensagem de unidade dos europeus que querem um reequilíbrio das relações com a China.

Foi também uma mensagem de que há uma vontade  para se ultrapassar tentações individualistas que perduram na Europa. Uma crítica à Itália, onde esteve antes o presidente chinês, Xi Ping, para assinar acordos bilaterais com o governo italiano.

Multilateralismo versus bilateralismo

Convém dizer, que Xi Jinping, já havia assinado um acordo especial, em dezembro do ano passado com o governo português, quando visitou Portugal.

Agora, Macron, que assinou também acordo com Jinping, envia este sinal forte dos dois grandes países, Alemanha e França, dizendo que ha convergência dos 3 dirigentes europeus com o presidente chinês, sobre a "necessidade de construir um multilateralismo forte em termos de paz e segurança internacionais".

"O que nós queremos é construir juntos, um quadro multilateral renovado, mais justo e mais equilibrado", acrescentou, o presidente francês, Macron.

Rodeado dos convidados, Macron, sublinhou a "necessidade desta parceria entre a China e a Europa ser exemplar do espírito de cooperação que é o do multilateralismo".

Este encontro a 4 surge a poucos dias da cimeira União europeia-China, a 9 de abril.

Por seu lado, o presidente da China, Xi Jinping a confirmou a sua vontade em reforçar o multilateralismo renovando-o, na ONU, OMC, fragilizada pela política americana de Donald Trump, mas, também, no FMI e no G-20, apostando na resolução pacífica dos conflitos.

China e Europa de mãos dadas mas desconfiadas

Esta vontade da China e da Europa avançarem juntas no seio das principais instituições internacionais já constava da declaração final franco-chinesa de ontem, nesta visita a Paris, do presidente chinês, Xi Jinping.

Os dois países reafirmaram que "a defesa do multilateralismo é a melhor maneira de promover a cooperação internacional face à multiplicação de riscos e desafios comuns, preservar a paz e a prosperidade, com base no multilateralismo fundado no direito internacional." 

O Presidente Macron, agradeceu o seu homólogo chinês pelas suas "indicações claras sobre as ambições da China em matéria da redução das emissões de gás com efeito de estufa".

Por seu lado, a chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se mais reticente, ao perguntar: "estamos numa grande viragem, somos capazes de continuar com o multilateralismo ou este sistema vai calcificar-se? Merkel, respondeu à sua própria questão, dizendo "que todos os participantes desejam dar a sua contribuição."

O Presidente da comissão europeia, Jean-Claude Juncker, insistiu, por sua vez, nos resultados que deseja obter rapidamente e que são um acordo sobre os investimentos e uma "reciprocidade melhor articulada".

Conclusão: um espírito de unidade europeia com a China, mas com cada um dos dirigentes, a emitir dúvidas ou defendendo no seu discurso, a sua visão e os seus interesses individuais.

A ver vamos !

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Presidente francês defende em Paris multilateralismo europeu com a China

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