As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas pela actualidade internacional, como acordo sobre o Brexit, Itália, Portugal e a Comissão europeia ou espionagem americana em França.LE MONDE, titula, Brexit: Theresa May assina um acordo com a União europeia, mas tem de convencer em Londres. Após 20 meses de negociações o Reino Unido e a União europeia chegaram a um acordo de retirada esboçando um Brexit tranquilo. May, que fez imensas concessões submeteu hoje o documento aos seus ministros muito divididos sobre a Europa. Ontem em Bruxelas, a primeira-ministra britânica que corre atrás da sua sobrevivência política invocou o seu acordo ou o caos. O documento deverá agora até o Natal passar ainda pela etapa da sua maioria na câmara dos comuns, acrescenta, LE MONDE.Por seu lado, L’HUMANITÉ, titula, Juncker-Salvini, um duelo de falsos inimigos, a propósito do orçamento italiano. Para lá dos tiques, as escolhas liberais são comuns aos dois. Se a Comissão europeia voltar a recusar o orçamento italiano, que favorece os ricos, vai reforçar a ideia de que a única oposição à Europa vem de um governo nacionalista, sem contar com a agitação nos mercados financeiros. A poucos meses das eleições europeias de maio de 2019, a encenação é hábil e propício ao funilamento do debate entre os euro-liberais e os nacionais-liberais.Ainda L’HUMANITÉ, escreve, que Portugal apresentou uma trajectória para 2019 diferente daquela da Itália, mas também da França. Forçado pelo acordo com os comunistas e o Bloco de Esquerda, o governo socialista leva a cabo uma política de ruptura com a austeridade e com as receitas neo-liberais da União europeia.Há uns anos, era inimaginável, mas desde dezembro de 2017 é um português, Mário Centeio, ministro das Finanças, que preside aos destinos do Eurogrupo, um dos templos da ortodoxia orçamental da União europeia, em geral, e da zona do euro, em particular. Centeio, age, em nome do governo português, como o bom aluno de Bruxelas, segundo o qualificativo em voga na imprensa financeira dominante, acrescenta, L'HUMANITÉ.Como os Estados Unidos espionam nossas empresas, é o título, do jornal LE FIGARO. No momento em que Donald Trump, lança um ataque à França, sem precedentes, através da sua conta Twitter, o jornal revela uma nota dos serviços de informações franceses que alerta para as práticas ofensivas dos americanos. Aeronáutica, energia, saúde, investigação ou nuclear, os sectores estratégicos da economia da França, estão particularmente expostos.As nossas empresas são atacadas pelos Estadoxs Unidos nomeadamente através de contenciosos jurídicos, de tentativas de captura de informações e de ingerência económica, garante a Direcção da segurança interna, que se ocupa da contra-espionagem francesa. Numa nota, a que LE FIGARO teve acesso, a agência francesa acrescenta: vários grandes grupos franceses são assim alvos como a Total, Alstom, Alcatel, BNP Parisbas, ou Société générale. Iémen, impor a paz, titula, por sua vez, LIBÉRATION. Após o escândalo Khashoggi, os ocidentais pressionam Riade para pôr fim a uma guerra que dura há quase 4 anos no Iémen, na indiferença geral.Mudando de assunto, por cá em França, LA CROIX, titula, coletes de todas as iras, referência a manifestações marcadas para sábado de automobilistas vestidos com o coletede segurança reflectivo amarelo. O governo anunciou hoje medidas para atenuar o aumento dos preços dos combustíveis, motivo dessas manifestações de bloqueio de estradas de França, sublinha, LA CROIX.Enfim, sobre o continente africano, LE MONDE, dá relevo, à ONU que levanta sanções contra a Eirtreia.10 anos depois das sanções impostas pelas Naçoes Unidas à Eritreria pelo seu presumível apoio a grupos armados somalis, a organização mundial devia levantar hoje o embargo sobre armas e acabar com o congelamento de bens e proibição de viajar de dirigentes da Eritreia.Como argumento para o levantamento das sanções, diplomatas internacionais, saúdam o recente acordo de reatamento de relações assinado entre a Eritreia e a Etiópia, este último, actualmente, membro não permamente do conselho de segurança da ONU, acresenta, LE MONDE.
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