França: Benalla perante comissão de inquérito do Senado
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As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas por questões de sociedade, como hospitais, pensionistas, igreja ou caso Benalla. Macron, quer reconciliar-se com os pensionistas, titula, LE MONDE. Os reformados, que em 2017, votaram em Macron, estão hoje desiludidos.Este descontentamento preocupa o Palácio do Eliseu. Assim o Presidente afastou qualquer tipo de reforma dos direitos de sucessão. "Temos de deixar em paz os reformados", declarou Macron aos seus conselheiros, argumentando que eles já pagaram o suficiente.O aumento da taxa de contribuição social veio juntar-se ao congelamento das pensões para 2019 e 2020, acrescentou, por seu lado, o primeiro-ministro, Edouard Philippe.A escolha de privilegiar os que trabalham continua a ser uma prioridade mas o executivo tentou corrigir o tiro antes das eleições europeias, nota, LE MONDE.O mesmo vespertino dá igualmente relevo a Benalla: “nem polícia nem guarda costas do presidente”. Referência a Alexandre Benalla, ex-encarregado de missão do Eliseu, ouvido hoje pela comissão de inquérito do Senado.Bem preparado, o jovem rapaz, começou por pedir desculpas aos senadores alvos dos seus ataques verbais há pouco tempo.Benalla no Senado, Eliseu apanhado, titula, LIBÉRATION. Processado por violência, o antigo encarregado de missão de Macron era ouvido pela comissão de inquérito do Senado.Uma audição sob juramento que faz tremer a presidência. Isto acontece 2 meses depois de revelações de um vídeo mostrando Benalla espancando 2 manifestantes durante festejos do 1° de maio.Por seu lado, LE FIGARO, titula, Eliseu quer banalizar a demissão anunciada de Colomb. O Presidente aproveitou o anúncio do seu ministro do interior, para dizer à sua equipa que ninguém poderá acumular candidato a uma câmara municipal e ministro do governo.Só que o anúncio de Gérard Collomb da sua saída do governo após as europeias de maio de 2019 veio juntar-se a uma confusão existente no seio do executivo LA CROIX, titula, Clericalismo, palavra aos católicos. O jornal publica várias cartas de leitores respondendo ao apelo do Papa pedindo a todos para medirem a gravidade dos abusos sexuais pela igreja católica.Um leitor escreve: o clericalismo é hoje atacado de todos os lados e com razão. Mas como fazer? Para já há que mudar as mentalidades de padres e leigos. Mas há que mudar também instituições.A maioria das nossas paróquias tem à frente um vigário-geral todo poderoso apesar de ter à sua volta colaboradores e conselheiros. Os fiéis que giram em torno desse mundo nunca são ouvidos”, escreve o leitor do jornal LA CROIX.L’HUMANITÉ, prefere titular sobre o plano de saúde apresentado pelo presidente Macron, não traz com ele orçamento consequente. É um plano de austeridade para o serviço público.Mudando de assunto, sobre a actualidade internacional, mísseis: Pyongyang disposto a aceitar inspectores internacionais, destaca, LE MONDE, que se refere à cimeira entre os presidente das duas Coreias que decorre até amanhã na capital norte-coreana.O presidente sul-coreano, Moon, não chegará de mãos vazias à assembleia geral da ONU no dia 24 do corrente em Nova Iorque. Moon, dirá ao seu homólogo americano, Donald Trump, que obteve medidas concretas sobre a desnuclearização da Coreia do norte, anunciadas por Kim Jong-un na cimeira conjunta de Pyongyang, acrescenta LE MONDE.É o mesmo vespertino, que sobre a África, se refere à Etiópia e o Abiymania, à prova da violência.Depois da morte na segunda-feira em Adis Abeba de 5 pessoas pela polícia etíope, habitantes da capital consideram que se o primeiro-ministro, Abiy Ahmed, é incapaz de manter a ordem pública, perderá o apoio da sua base, escandalizada pela violência e a prisão de 700 pessoas.