Abrimos com o semanário L'OBS que faz a sua capa perguntando com quem reina Macron? No espaço de um ano restaurou os plenos poderes dos presidentes da V República, desequilibrando sectores intermédios e tem uma maioria sob as botas."Acredito na autoridade", afirma Macron. Mas quem são os apoios deste monarca republicano? Com quem troca discretamente impressões? E quem faz parte da Côrte? Para L'OBS, Macron, foi um candidato da horizontalidade, da sociedade civil, do participativo e do colaborativo... hoje é um presidente da verticalidade, o chefe de orquestra de um sistema de governação de altos funcionários e de tecnocratas. The Boss, como que lhe chamam no Eliseu.Um poder solitário e autoritário, um chefe de Estado que decide sobre tudo e em todas as frentes. Um ano depois da sua chegada ao Eliseu, Macron, é um presidente que exerce o poder na solidão absoluta, um poder para o qual se preparou de longa data, mesmo antes, de assumir as funções em maio.Ele já havia interiorizado esta parte irredutível de mistério, de necessidade do segredo, que confiou, antes da sua vitória, ao escritor, Philippe Besson, sublinha L'OBS.E se o patrão fosse Edouard Philippe? pergunta por sua vez, LE POINT. O primeiro-ministro, diz ser um homem da direita, adepto de Alain Juppé, e sem ele, o Presidente da República, não teria conseguido recrutar para a sua equipa, vários nomes de peso, como o principal conselheiro de Edouard Philippe, que diz ser um homem da UMP, partido fundado por Sarkozy.O primeiro-ministro, reclama direitos de autor de quase todas as reformas desde a imigração, passando pelos caminhos de ferro até ao código do trabalho, reformas que os Republicanos da direita, poderiam estar a implementar caso fossem poder, nota LE POINT.Mudando de assunto, é ainda o mesmo semanário, que sobre os Estados Unidos, aconselha os seus leitores a lerem Tocqueville, para perceberem Donald Trump, Putin e Erdogan. Na sua obra "Da democracia na América", o filósofo francês, disseca o homem democrático, esse hommem complexo que juntando ou não a sua voz à da opinião pública, influencia o futuro da sua colectividade.LE POINT, vê nesse indivíduo que não suporta a ideia de não ser igual ao outro e prefere a mediocridade de todos em vez da excelência duma minoria, as figuras de Trump, Putin e Erdogan, prontos a defenderem o seu bem-estar e adoptando uma postura de déspotas.Por seu lado, COURRIER INTERNATIONAL, destaca o grande jogo de espiões dos tempos do leste e do ocidente. O caso Serguei Skripal guindou ao seu apogeu a pior crise política nascida entre a Rússia e o Ocidente desde o fim da guerra fria. Teve como consequência uma expulsão desenfreada nunca vista de dezenas de diplomatas da Europa, dos Estados Unidos e da Rússia.Os espiões estão, assim, de regresso à cena diplomática e ao mundo da ficção, mas não os mesmos que se pode ler nos romances de John le Carré, nota COURRIER INTERNATIONAL.LA LETTRE DE L'OCEAN INDIEN, refere-se a Moçambique e a filhos de dignitários caciques da Frelimo que fazem alianças entre eles para continuarem à frente dos destinos do país. Os filhos do antigo presidente, Joaquim Chissano, N'naite e sua irmã Rosa acabam de entrar para o conselho de administração da Fertile SA, uma nova empresa que prevê intervir na petroquímica e nos transportes. A firma foi formada com Chivambo Samir, filho da ex-ministra, Alcinda Abreu e o artigo continua assim com familiares de nomes como Apolinário Pateguana, Januário Nkutumula, Eugénio Joaquim Balate, entre outros, nota LA LETTRE DE L'OCEAN INDIEN.Enfim, Argélia 2019, que vai fazer a oposição?, pergunta a JEUNE AFRIQUE, no seu número duplo saído já a semana passada. Ao apelar o presidente, Bouteflika, a candidatar-se no próximo ano, para um quinto mandato presidencial, a FLN, lançou a sua campanha eleitoral.A oposição tem 3 opções: apresentar-se em ordem dispersa, apostar num candidato único ou apelar ao boicote do escrutínio, acrescenta a JEUNE AFRIQUE.
Ver os demais episódios
-
Relação França-África complica-se com morte de Déby
O destaque desta revista de imprensa semanal vai para a relação entre o Executivo francês, encabeçado pelo Presidente Emmanuel Macron, e os países africanos do Sahel, isto após a morte de Idriss Déby, Presidente do Chade.01/05/202106:44 -
Joe Biden inicia gestão para preparar mundo de pós-ultraliberalismo
Entre os focos de actualidade nos semanários, " a gestão de Joe Biden inspirada pelo New Deal de Roosevelt , a morte do chadiano Idriss Déby e as suas repercussões no Sahel, o Uganda de Yowere Museveni e a repressão, a corrida à conquista do espaço pelo sector privado,as chaves da imunidade colectiva frente a pandemia,e Brasil o Fukushima da pandemia”.23/04/202103:56 -
Movimento radical racialista americano, um novo totalitarismo
Abrimos esta Imprensa semanal, com LE POINT, que pergunta em capa até onde irão os racialistas para analisar o "wokismo"?, esse movimento radical racialista americano, um novo totalitarismo que nos vem da América invadindo Universidades, movimentos e associações ou centros de cultura em França.17/04/202104:31 -
Expansão de al-Shabab pode representar uma ameaça para África
Entre os focos de actualidade nas edições dos semanários estão, "os Al Shabab em África associados ao Daech, o fracasso da União Europeia na corrida às vacinas anti-Covid, as movimentações dos partidários de Emmanuel Macron com vista à eleição presidencial francesa de 2022, e interrogações sobre como evitar o declínio da França.09/04/202102:39 -
A "missão impossível de JLo", a história recente do Ruanda e Suez
Abrimos esta revista de imprensa semanal com Angola cujo panorama politico e económico é mencionado no Jeune Afrique. "A missão impossível de JLo", é deste modo que esta publicação se refere ao presidente angolano que segundo o Jeune Afrique "se encontra em plena maratona -dívida, privatizações, covid-19- sendo alvo de críticas, inclusive no seu próprio campo".02/04/202103:19