Hostilidade de sindicatos à política de reformas de Macron
Publicado a:
Ouvir - 03:41
As primeiras páginas dos jornais nacionais estão dominadas por questões sociais em França, mas ainda há espaço para a corrida ao nuclear da Rússia e dos Estados Unidos ou as reformas que o novo presidente sul-africano, Ramaphosa, vai ser obrigado a fazer.LE MONDE, titula, sobre um estudo que revela riscos de cancro devido ao açúcar em certas bebidas e alimentos. Os alimentos ditos ultratransformados favorecem o cancro, segundo esse estudo feito junto de mais de 100 mil pessoas e publicado na imprensa científica.Uma relação estatística foi estabelecida entre certas doenças e o consumo de certos alimentos e bebidas com muito açúcar e chocolate. O risco de cancro que tem de ser confirmado vem juntar-se a outros riscos como obesidade, hipertensão e taxas de lípidos anormais, nota LE MONDE.Por seu lado, LIBÉRATION, titula, atenção, vamos arrancar, sobre a reforma na companhia nacional dos caminhos de ferro. Encerramento de certas vias férreas, fim do estatuto dos maquinistas, abertura à concorrência, pistas explosivas do relatório Spinetta poderão modificar profundamente a sociedade ferroviária, sublinha LIBÉRATION.Companhia nacional dos caminhos de ferro: a caminho do fim do estatuto dos maquinistas? Pergunta em título LE FIGARO. Para modernizar a via férrea francesa o relatório Spinetta sobre o futuro do ferroviário entregue ao governo, preconiza medidas que já desencadearam a hostilidade de sindicatos, observa LE FIGARO.L’HUMANITÉ, por sua vez, titula sobre MARX, nova largada, abrindo as suas páginas a um debate sobre luta de classes dominação, discriminações, desigualdades e revolução. Temas aliás de um fórum assinalando os 200 anos do nascimento de Karl Marx, promovido pelo L’HUMANITÉ.Na actualidade, internacional, LA CROIX, faz o seu principal título com, novos riscos sobre dissuasão nuclear. No momento em que começa a conferência sobre a segurança em Munique, LA CROIX analisa as novas doutrinas nucleares americana e russa.Os Estados Unidos anunciaram há 15 dias uma nova postura nuclear que visa dotar o país de novas armas de fraca potência, para responder ao rearmamento da Rússia.A doutrina da Rússia foi reforçada desde 1991, e desde 2000, aposta no emprego de armas nucleares em conflitos regionais convencionais. Putin, chegou mesmo a dizer em 2015, que estava disposto a colocar as forças nucleares russas em estado de alerta durante a anexação da Crimeia, caso houvesse uma escalada da crise, nota LA CROIX.Em relação à África, LE MONDE, destaca a África do sul: os desafios de Cyril Ramaphosa. O novo presidente sul-africano vai ter de recuperar, sem demorar, a economia e decidir sobre purgas no seio dos partidários de Jacob Zuma, antigo presidente, forçado a demitir-se.LIBÉRATION, dá relevo à Etiópia, três anos de crise étnico-política e a demissão surpresa do primeiro-ministro, Hailemariam Desalegn.Enfim, uma nota futebolística, com L’ÉQUIPE a destacar a vitória do Marselha por 3/0 frente ao Braga de Portugal, com os marselheses bem posicionados para os oitavos-de-final da Liga Europa.