França: violência contra polícias
Dois polícias, incluindo uma mulher, foram agredidos na noite de São Silvestre nos arredores de Paris em Champigny sur Marne quando tentavam por cobro a uma disputa entre dois grupos de populares. E isto enquanto na tarde de ontem um outro agente policial foi espancado ao controlar uma motorizada em Aulnay sous Bois, também nos subúrbios da capital francesa.
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A agressão aos dois polícias de Champigny foi filmada em video e amplamente difundida nas redes sociais.
Em causa uma intervenção policial visando restabelecer a ordem numa festa de passagem de ano com um grupo de populares a lá tentar forçar a entrada.
Um polícia teve o nariz partido e a sua colega sofreu múltiplos hematomas no rosto, até ao momento não houve quaisquer detenções no caso.
Já o polícia de Aulnay sous Bois foi espancado por ter tentado controlar uma motorizada.
Na noite de São Silvestre quatro polícias, três miitares e quatro guardas repúblicanos ficaram feridos.
O sindicato policial Alliance organizou nesta terça-feira uma marcha de protesto perante a esquadra de Champigny e apelou a penas incompressíveis para os agressores de forças policiais.
Fréderic Lagache, presidente do sindicato policial Alliance denuncia o agravamento da violência contra os polícias em França.
"Acho que os factos são eloquentes.
Temos de novo colegas, incluindo uma colega, a ser alvo de agressões covardes, hoje isso é visível.
Mas diariamente há agressões, uma média de 15 colegas ficam feridos diariamente em pleno trabalho.
5 polícias por dia são vítimas de agressão.
Ou seja estes factos são muito frequentes, pelo que há anos que pedimos o regresso a penas incompressíveis.
Porque é inaceitável que quando se agridem polícias que os agressores fiquem logo soltos.
Por isso a justiça deve ser irredutível, não se pode numa democracia agredir impunemente polícias ou forças de segurança.
Tal não é possível, é óbvio que perante este tipo de agressões são precisas penas severas e para além disso é preciso que os autores vão para a cadeia."
O ministro do interior, Gérard Collomb, traduzido por João Matos, alega que o presidente Emmanuel Macron está determinado em sancionar as agressões contra polícias.
Gérard Collomb, ministro francês do interior
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