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FRANÇA

França: violência contra polícias

Dois polícias, incluindo uma mulher, foram agredidos na noite de São Silvestre nos arredores de Paris em Champigny sur Marne quando tentavam por cobro a uma disputa entre dois grupos de populares. E isto enquanto na tarde de ontem um outro agente policial foi espancado ao controlar uma motorizada em Aulnay sous Bois, também nos subúrbios da capital francesa.

Protesto de sindicato de polícias em Champigny a 2 de Janeiro de 2018 denunciando a violência contra agentes policiais
Protesto de sindicato de polícias em Champigny a 2 de Janeiro de 2018 denunciando a violência contra agentes policiais AFP
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A agressão aos dois polícias de Champigny foi filmada em video e amplamente difundida nas redes sociais.

Em causa uma intervenção policial visando restabelecer a ordem numa festa de passagem de ano com um grupo de populares a lá tentar forçar a entrada.

Um polícia teve o nariz partido e a sua colega sofreu múltiplos hematomas no rosto, até ao momento não houve quaisquer detenções no caso.

Já o polícia de Aulnay sous Bois foi espancado por ter tentado controlar uma motorizada.

Na noite de São Silvestre quatro polícias, três miitares e quatro guardas repúblicanos ficaram feridos.

O sindicato policial Alliance organizou nesta terça-feira uma marcha de protesto perante a esquadra de Champigny e apelou a penas incompressíveis para os agressores de forças policiais.

Fréderic Lagache, presidente do sindicato policial Alliance denuncia o agravamento da violência contra os polícias em França.

"Acho que os factos são eloquentes.

Temos de novo colegas, incluindo uma colega, a ser alvo de agressões covardes, hoje isso é visível.

Mas diariamente há agressões, uma média de 15 colegas ficam feridos diariamente em pleno trabalho.

5 polícias por dia são vítimas de agressão.

Ou seja estes factos são muito frequentes, pelo que há anos que pedimos o regresso a penas incompressíveis.

Porque é inaceitável que quando se agridem polícias que os agressores fiquem logo soltos.

Por isso a justiça deve ser irredutível, não se pode numa democracia agredir impunemente polícias ou forças de segurança.

Tal não é possível, é óbvio que perante este tipo de agressões são precisas penas severas e para além disso é preciso que os autores vão para a cadeia."

O ministro do interior, Gérard Collomb, traduzido por João Matos, alega que o presidente Emmanuel Macron está determinado em sancionar as agressões contra polícias.

00:58

Gérard Collomb, ministro francês do interior

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