Acesso ao principal conteúdo
Política/França

França :executivo perante dificuldades de era Macron

Segundo os analistas,o recomeço da actividade política em França, depois das férias estivais , vai caracterizar-se por dificuldades para o executivo, numa altura em que a popularidade do Presidente Emmanuel Macron regista uma baixa e os sinais de descontentamento em relação, nomeadamente, à reforma do Código do Trabalho, são cada vez mais perceptíveis.

O  Presidente  da França,Emmanuel Macron. 26 de Agosto de  2017
O Presidente da França,Emmanuel Macron. 26 de Agosto de 2017 REUTERS/Stoyan Nenov
Publicidade

O Presidente Emmanuel Macron, reune nesta segunda-feira o seu governo num seminário, que vai definir as principais orientações da sua acção política pós-eleitoral. De acordo com os observadores da vida política francesa, o recomeço da actividade do executivo será marcado pelo primeiro movimento social da era Macron , o que equivalerá á dificuldades para o Chefe de Estado francês.

Emmanuel Macron deverá, entre outras decisões , anunciar um pacote de cortes nas despesas públicas em 2018, que de acordo com os analistas vai reforçar as suas dificuldades e talvez iniciar um movimento de ruptura com a opinião pública, já perceptível nas últimas semanas através da sua gradual baixa de popularidade. Esta última que rondava os 60%, logo depois da eleição à presidência de Emmanuel Macron, está agora em torno dos 40%.

Um dos grandes desafios lançados ao Presidente Macron, é a reforma do Código do Trabalho por decreto. Os indícios de descontentamento revelados por alguns sindicatos , no que toca a reforma da lei do trabalho, poderão, segundo analistas como Gaël Sliman, ser um dos principais obstáculos à vontade proclamada por Macron de reformar a França.

A redução do déficit público da França para um tecto inferior à 3% do PIB( regra imposta pela zona euro) é outro dos objectivos estabelecidos pelo Presidente Macron. Para concretizá-lo, o que seria a primeira vez desde o ano fiscal 2006-2007, Emmanuel Macron terá de efectuar cortes drásticos nas despesas públicas, com destaque para os programas sociais. Perante a natureza do seu pacote de reformas, os riscos de um movimento social duro, segundo os analistas, são eminentes.

No seio dos sindicatos,descortina-se  a vontade de reagir às propostas do executivo. O sindicato Solidários, tenciona manifestar no dia 30 de Agosto, à margem da universidade de Verão do MEDEF, principal confederação patronal francesa, que se reune em Jouy-en-Josas, no oeste da região parisiense. A CGT, um dos principais sindicatos franceses, também apelou para uma manifestação contra a reforma do Código do Trabalho no dia 12 de Setembro.

 

Em matéria de partidos políticos ,La France Insoumise , liderado por Jean-Luc Mélenchon convocou para a data de 23 de Setembro uma contestação à reforma da lei do trabalho, na qual são susceptíveis de participar os sindicatos estudantis, FAGE e UNEF.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.