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Política//França

França: Emmanuel Macron fala às Forças Armadas

Depois da crise que levou ao pedido de demissão do general Pierre de Villiers, das funções de chefe de estado-maior das Forças Armadas Francesas, o Presidente Emmanuel Macron, efectuou nesta quinta-feira uma alocução na base de Istres, para tranquilizar os militares, no tocante às verbas que reverterão ao Ministério da Defesa, nomeadamente em 2018.

O Presidente Emmanuel Macron rodeado de Florence Parly, ministra da Defesa e deFrançois Lecointre, chefe do estado-maior general das Forças Armadas  na base aérea de Istres .20 de Julho de 2017.
O Presidente Emmanuel Macron rodeado de Florence Parly, ministra da Defesa e deFrançois Lecointre, chefe do estado-maior general das Forças Armadas na base aérea de Istres .20 de Julho de 2017. REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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O Chefe de Estado francês anunciou recentemente que no âmbito da redução das despesas públicas em França, o orçamento da Defesa será objecto de um corte de 850 milhões euros, o equivalente de 980 milhões de dólares.

A decisão do executivo francês, levou o general Pierre de Villiers a pedir a sua demissão do cargo de chefe de estado-maior das Forças Armadas.

Depois da crise e do choque provocado pela decisão govermanental de reduzir o orçamento do Ministério da Defesa, que precipitou a demissão do general Pierre de Villiers, das suas funções de chefe de estado-maior, o Presidente Emmanuel Macron, optou nesta quinta-feira por um tom conciliatório com os militares.

Numa alocução efectuada na base militar de Istres, na região de Provence-Alpes-Côte-d'Azur, no sul da França,um dia depois da demissão do general Pierre de Villiers das suas funções de chefe de estado-maior das Forças Armadas Francesas.

O Presidente Emmanuel Macron assegurou aos militares que continuaria a assumir os seus compromissos relativos ao sector da Defesa.

Emmanuel Macron, afirmou ter um respeito profundo pelos militares franceses empenhados em operações contra os jiadistas na Síria,no Iraque e na África Ocidenta, bem como os que estão mobilizados contra o terrorismo islâmico no território da França.

O Chefe de Estado , cujo executivo previu um corte de 850 mil milhões de euros no orçamento da Defesa, anunciou em Istres, que a partir de 2018, a França vai aumentar a verba do Ministério da Despesa , para que este possa realizar os seus objectivos.

"A partir de 2018 nós aumentaremos os nossos investimentos em matéria de Defesa.

O orçamento do Ministério das Forças Armadas será aumentado para 34,2 mil milhões de euros de dotação orçamental, dos quais 650 milhões de provisões para operações externas, bem como 200 milhões destinados à protecção das nossas forças.

Isto é , às vossas vidas. E à esse respeito , não aceitarei que se diga , que tal e tal escolha orçamental se faz em detrimento das Forças Armadas, do vosso dia -à-dia e da vossa segurança.

É uma mentira! Eu sou o tutor. E essa é a missão permanente incumbida ao ministro da Defesa. Esse aumento da dotação, num ano em que só orçamento da Defesa será aumentado, é um facto inédito.

Quero que compreendam a importância do esforço, porque ela representa a coerência do nossos compromissos.

Isso, uma vez que nos últimos anos não se verificou semelhante aumento de 1,8 mil milhões de euros ,do orçamento das Forças Armadas". (Emmanuel Macron).

O Presidente Macron reiterou mais uma vez, numa alusão velada ao general Pierre de Villiers, que não cabe ao chefe de estado-maior fazer críticas às medidas orçamentais do executivo.

François Lecointre ,um general de 55 anos de idade, veterano da última guerra dos Balcãs(1991-1995) sucede à Pierre de Villiers na chefia do estado-maior das Forças Armadas Francesas.

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