Paris a favor do julgamento de franceses jihadistas no Iraque
O exército iraquiano deteve uma francesa de 27 anos, com quatro filhos, em Mossul, há onze dias. Há dois anos, a jovem seguiu o marido que teria integrado as fileiras do autodenominado Estado Islâmico e cujo rasto desapareceu. Paris não é contra o julgamento, no Iraque, de franceses implicados em grupos terroristas.
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A família estaria a tentar fugir de Mossul há vários meses, mas após uma tentativa falhada e vários contactos com as autoridades francesas, o casal e os quatro filhos acabaram por ficar na cidade que era o bastião dos jihadistas até há pouco mais de uma semana. Aquando da retoma da cidade pelo exército, a mulher e os filhos foram detidos e levados para Bagdade, enquanto o marido está desaparecido.
A França e o Iraque não assinaram nenhum acordo sobre o regresso de famílias suspeitas de estar na rede jihadista e o governo francês avisou que não contesta que as autoridades iraquianas possam julgar, no seu território, franceses implicados em grupos terroristas. De acordo com a estação de rádio Europe 1, a mãe nega pertencer ao grupo Estado Islâmico e arrisca a pena de morte.
Em contrapartida, a justiça francesa gostaria de repatriar as crianças, que têm entre seis meses e seis anos, mas a lei iraquiana não permite a separação sem o acordo dos pais.
De acordo com o relato do jornal Le Monde, a família foi encontrada numa cave, em estado de subnutrição.
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