França: Passagem de ano sob forte vigilância

Milhares de pessoas afluem esta noite em Paris à Avenida dos Campos Elíseos para a tradicional passagem de ano. Os festejos vão ter lugar sob um forte dispositivo de segurança e sem espectáculo pirotécnico.

A Sé Catedral de Paris "Notre Dame" sob a protecção do exército nesta época festiva. REUTERS/Philippe Wojazer

Após os atentados terroristas de 13 de Novembro as autoridades cancelaram o projecto de espectáculo pirotécnico, mantendo só a projecção de um video e de luzes sobre o Arco do Triunfo, no topo dos Campos Elíseos.

Pretende-se para tal evitar uma concentração demasiado importante de pessoas: em 2014 cerca de 600 000 pessoas tinham-se deslocado à dita avenida, o local predilecto para muitos turistas e populares acolherem o ano novo.

Para gerir a multidão 11 000 polícias e guardas republicanos, bombeiros e militares estarão mobilizados na região de Paris, ou seja um efectivo superior em 20% ao de 2014. O grande reforço será mesmo nos "Champs Elysées", revelou Michel Cadot, chefe da polícia da capital francesa.

Este enfatizou que é "impossível garantir que não haja nenhum risco" na noite de São Silvestre por o "estado de emergência ser permanente", embora "não haja elementos novos" relativos à região da capital francesa.

Os 130 mortos ocorridos nos ataques terroristas de 13 de Novembro em Paris podem ter pesado, porém, numa redução do número de turistas nos hotéis e restaurantes nesta altura do ano, em que vigora ainda o estado de emergência.

No entanto Anne Hidalgo, presidente da câmara de Paris, alegava que "Não podiamos não fazer nada. Depois do que a nossa cidade viveu devemos enviar ao mundo um sinal -Paris está de pé-".

O ministro da defesa Jean-Yves Le Drian alega que "todos os meios são mobilizados para que os festejos decorram da melhor maneira, mas é preciso mantermo-nos extremamente vigilantes".

Também na Bélgica, Rússia, Estados Unidos e Indonésia a ameaça terrorista veio mexer com os preparativos da passagem de ano.