Polícia francesa se mobiliza para capturar tigre que circula nos arredores de Paris
Um esquema impressionante de quase 200 policiais está mobilizado para caçar um tigre à solta na região parisiense. O animal foi fotografado nesta quinta-feira (13) circulando livremente no estacionamento de um supermercado de Montévrain, cidade a 41 km de Paris. O município é vizinho do parque de diversões Eurodisney.
Publicado a: Modificado a:
Na manhã desta sexta-feira (14), dezenas de policiais cercavam as quatro escolas do município de Montévrain para garantir a segurança de alunos e professores. Além de policiais especializados, um cão farejador e um helicóptero com infravermelho vasculham a região em busca do animal.
O tigre está à solta desde a tarde dessa quinta-feira (13). Os moradores de Montévrain receberam ordem de evitar praças e bosques da região, além de fechar as janelas de casa. Frédéric Edelstein, um conhecido domador de animais e diretor de circo, explicou para o jornal Le Parisien que o animal deve estar assustado e, por isso, tende a se esconder. Caso uma pessoa se encontre frente a frente com o felino, Edelstein aconselha a gritar. “Em hipótese alguma a pessoa deve correr ou o tigre vai pensar que se trata de uma presa. A força do ser humano em relação a um animal selvagem é a voz”, disse Edelstein.
Especialistas do ONCFS (Escritório Nacional da Caça e da Fauna Selvagem) identificaram pegadas do felino que, segundo eles, é um animal jovem pesando entre 80 kg e 100 kg. A origem do tigre, porém, é um mistério. Não se sabe de onde ele fugiu. A hipótese mais provável é que o tigre pertença a um particular, que não se identificou até agora. Circos e zoológicos da região foram procurados pela polícia, mas não registraram o desaparecimento de nenhum animal.
Proprietários de animais selvagens precisam de autorização
Segundo a legislação francesa, para ser proprietário de um animal selvagem, é preciso um “certificado de capacidade”, concedido pelo Ministério do Meio Ambiente, e uma autorização do Ministério da Agricultura.
No caso do tigre em questão, se o proprietário for localizado e for constatado que ele criava o animal ilegalmente, ele pode ser processado além de ter de pagar ao Estado os custos dessa operação de localização e resgate do animal.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro