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Novo governo

França pedirá à UE mudança de ritmo na redução do déficit público

O novo ministro das Finanças e Contas Públicas da França, Michel Sapin, disse nesta quinta-feira (3) que vai discutir com a Comissão Europeia "o ritmo de redução do déficit público francês". Sapin declarou que esse debate é "do interesse comum da Europa". "A Europa vai bem quando a França vai bem", disse Sapin. Ontem, em entrevista à TV, o novo primeiro-ministro Manuel Valls afirmou que dará continuidade à política econômica definida pelo presidente François Hollande.

Manuel Valls, durante sua primeira entrevista como primeiro-ministro ao canal de televisão TF1. 2 de abril de 2014.
Manuel Valls, durante sua primeira entrevista como primeiro-ministro ao canal de televisão TF1. 2 de abril de 2014. REUTERS/Patrick Kovarik/Pool
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O governo socialista quer pedir um prazo maior para reduzir o déficit público, mas após dois adiamentos aceitos pelo executivo europeu, a Comissão de Bruxelas já sinalizou que não pretende conceder um novo prazo e espera cortes drásticos nos gastos públicos. Na segunda-feira, o governo divulgou indicadores consolidados de 2013 e o déficit público (4,3% do PIB) ficou acima das previsões.

Ontem, poucas horas depois de anunciar sua equipe ministerial, o novo primeiro-ministro Manuel Valls revelou as prioridades de seu governo em entrevista ao principal canal de TV francês (TF1). Valls explicou os motivos da mudança de ministros. Tentando calar os rumores sobre sua oposição ao estilo do presidente Hollande, ele garantiu que vai seguir as orientações do chefe de Estado.

Novo premiê promete continuidade

A grande prioridade do novo governo é a aplicação do pacto de solidariedade, também chamado de pacto de responsabilidade, com estímulos fiscais às empresas e mais justiça social, para melhorar a situação dos franceses que sofrem com o desemprego e a perda de poder aquisitivo. Valls disse que seu governo não representa uma ruptura e sim uma continuidade com a política do ex-premiê Jean-Marc Ayrault.

Essa continuidade e a entrada de apenas dois novos ministros no governo estão sendo criticadas por editorialistas e pela classe política em geral. A escolha de dois titulares de visões opostas para a pasta da Economia, Michel Sapin e Arnaud Montebourg, leva a crer que continuarão existindo problemas de comunicação e de paralisia na ação governamental.

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