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França/Armistício

Hollande é vaiado durante comemoração do fim da Primeira Guerra

O presidente francês, François Hollande, foi vaiado hoje durante a cerimônia comemorativa de assinatura do Armistício, que marcou o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a vitória dos aliados sobre a Alemanha. Manifestantes insatisfeitos com a política econômica do governo socialista vaiaram o presidente enquanto ele passava em revista às tropas na avenida do Champs Elysées. Cerca de 70 pessoas foram detidas pela polícia.

Manifestantes gritam slogans contra o presidente François Hollande na avenida do Champs Elysées, em Paris.
Manifestantes gritam slogans contra o presidente François Hollande na avenida do Champs Elysées, em Paris. Reuters/Christian Hartmann
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A tradicional cerimônia oficial, em Paris, começou às 10h30 no horário local, 7h30 em Brasília. O presidente francês subiu a avenida do Champs Elyséés passando em revista às tropas militares, reacendeu a chama diante do túmulo do soldado desconhecido sob o Arco do Triunfo e depositou flores no local, como prevê o protocolo. Porém, dezenas de manifestantes aproveitaram a ocasião para reclamar da política econômica do governo socialista, principalmente dos aumentos de impostos.

Hollande foi vaiado durante todo o percurso na avenida dos Champs Elysées. A polícia prendeu 70 pessoas que tentaram driblar o bloqueio de segurança. Entre os manifestantes haviam representantes da extrema-direita e do movimento "Boinas Vermelhas", da região da Bretanha, atualmente em litígio com o governo por causa de um "imposto verde", que deve ser cobrado nas rodovias da região. Os manifestantes gritavam "Hollande, demissão" e "Hollande, a sua lei nós não queremos".

Pouco antes do início da cerimônia, a polícia afastou do local cerca de 20 militantes do partido de extrema-direita Frente Nacional que foram ao Arco do Triunfo, junto com o candidato do FN à prefeitura de Paris, Wallerand Saint-Just, manifestar contra o presidente socialista.

Homenagens

Com a morte dos últimos combatentes da Primeira Guerra Mundial, a França passou a celebrar o Armistício homenageando os soldados mortos pelo país no ano em curso. Este ano, famílias de soldados mortos no Mali receberam o cumprimento solene do chefe de Estado.

À tarde, o presidente vai à cidade de Oyonnax, região leste do país, marco da resistência ao regime de Vichy, que colaborou com os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

As cerimônias de hoje marcam o início de um ciclo de comemorações do centenário da Primeira Guerra, que serão concluídas no ano que vem.

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