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França/Síria

Governo francês mostra provas de uso de armas químicas na Síria ao Parlamento

O premiê francês Jean Marc Ayrault entregará nesta segunda-feira a representantes do Parlamento uma série de documentos que indicam a responsabilidade do regime de Bashar al-Assad no ataque químico do dia 21 de agosto, que deixou mais de 1400 mortos. Mas a oposição interna contra uma ação no país tem ganhado cada vez mais força.

França disse que não agirá sozinha contra a Síria. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault(2 à esq.), recebe no final da tarde, as principais autoridades parlamentares para informá-los sobre a situação na Síria.
França disse que não agirá sozinha contra a Síria. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault(2 à esq.), recebe no final da tarde, as principais autoridades parlamentares para informá-los sobre a situação na Síria. REUTERS/Kenzo Tribouillard/Pool
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Os documentos serão entregues pelo primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault aos representantes da Assembleia Nacional e do Senado nesta segunda-feira. Tratam-se de provas da utilização de gás tóxico pelo regime sírio, obtidas pelos serviços secretos do país.

De acordo um jornal francês, que teve acesso ao relatório, o regime sírio possui mais de mil toneladas de agentes químicos, incluindo gás sarin, e outros ainda mais mortais, desenvolvidos pelos cientistas do país.

Alguns dos relatórios serão apresentados publicamente durante a sessão extraordinária do Parlamento que poderá ser convocada nesta quarta-feira. O presidente François Hollande tem sido pressionado para organizar uma votação autorizando uma operação militar na Síria, a exemplo do Reino Unido e dos EUA.

Na França, a oposição a uma ação conjunta com os Estados Unidos tem ganhado força.

O presidente François Hollande está isolado na cena internacional desde que o parlamento do Reino Unido vetou a participação britânica em uma possível intervenção internacional e o presidente Barack Obama decidiu pedir a aprovação do Congresso americano, adiando para o dia 9 a decisão.

Ao contrário da do Reino Unido, a constituição francesa dá autonomia ao presidente para que ele decida uma ação militar, mas a oposição de direita, e mesmo alguns deputados socialistas, exigem uma votação no Congresso.

Caso não aceite, Hollande corre o risco de parecer menos democrático do que seus aliados.
 

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