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França/Próteses PIP

Começou hoje na França julgamento sobre fraude de próteses mamárias

Aberto nesta quarta-feira, 17 de abril de 2013, na França o processo sobre as próteses mamárias fraudulentas da marca PIP. O Tribunal de Marselha alugou um centro de convenções para acolher as milhares de pessoas que vão acompanhar o julgamento, entre elas as vítimas e seus advogados que entraram com ação contra a empresa.

Jean-Claude Mas, fudador da fábrica de próteses de silicone PIP, no início do julgamento nesta quarta-feira, 17 de abril de 2013.
Jean-Claude Mas, fudador da fábrica de próteses de silicone PIP, no início do julgamento nesta quarta-feira, 17 de abril de 2013. REUTERS/Philippe Laurenson
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Esse é um mega julgamento a altura da fraude de próteses mamárias de silicone da empresa francesa PIP. Mais de 5 mil mulheres, das 300 mil que receberam implantes da marca em todo o mundo, deram queixa e estarão representadas por 300 advogados. A maioria das vítimas é francesa, mas algumas são estrangeiras como um grupo de 100 argentinas.

No banco dos réus, cinco ex-dirigentes da PIP. Entre eles o fundador da empresa, Jean-Claude Mas de 73 anos. Para receber todo mundo, a justiça da Marselha, no sul da França, requisitou o Centro de Convenções da cidade. O julgamento deve durar um mês e custar 800 mil euros, mais de dois milhões de reais. Ele deve esclarecer como a pequena empresa francesa conseguiu durante mais de 10 anos produzir próteses mamárias com silicone artesanal impróprio para o uso humano, escapar ao controle e conseguir o registro para comercializar o produto em 65 países.

A fraude foi descoberta quando as próteses PIP adulteradas começaram a se romper. Mais de 4.100 mil casos de ruptura, inclusive no Brasil, e 2.700 mil reações inflamatórias foram registradas até agora, mas ainda não foi estabelecida nenhuma ligação entre as próteses e a incidência de câncer no seio.

Milhares de mulheres em todo o mundo, sendo 11 mil na França, retiraram as próteses adulteradas preventivamente. No Brasil, 25 mil próteses PIP foram comercializadas entre 2005 e 2010 quando a fraude foi descoberta e a venda suspensa.

Os réus podem ser condenados a até cinco anos de prisão. No entanto, as vítimas não devem ser indenizadas. A PIP faliu logo apos a descoberta da fraude e os acusados não teriam como pagar as indenizações.
 

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