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França/chacina

Menina que escapou de chacina na França ''ouviu, mas não viu nada''

A menina de quatro anos que saiu ilesa da chacina ocorrida em Chevaline, nos Alpes franceses, "ouviu, mas não viu nada", disse nesta sexta-feira o promotor Eric Maillaud, responsável pelo caso. Eles aguardam que sua irmã, atingida por disparos na cabeça, saia do coma induzido para ajudar na investigação. A autópsia das vítimas começou nesta tarde.  

Policiais barram estrada perto de Annecy onde ocorreu a chacina no dia 5 de setembro
Policiais barram estrada perto de Annecy onde ocorreu a chacina no dia 5 de setembro Foto: Reuters
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Durante a entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, o promotor francês Eric Maillaud confirmou que as vítimas da chacina pertencem à família do britânico de origem iraquiana Saad al-Hilli.‘’ Os investigadores se basearam no depoimento da menina Zeena, de quatro anos, que confirmou que estava no carro com seu pai e sua mãe, mas disse "não ter visto nada" do crime.

A menina deve voltar em breve para a Grã-Bretanha, segundo o promotor.  Sua irmã, Zainab, de sete anos, atingida por disparos, está sendo mantida em coma induzido e é uma das esperanças da polícia para desvendar o crime. "Nós esperamos que ela possa nos dizer o que viveu, dar uma descrição dos assassinos", disse Maillaud. Por enquanto, a polícia tem poucos indícios. A primeira testemunha a chegar ao local, um ciclista britânico que passeava na região, disse apenas ter visto uma moto e um veículo 4X4 verde. O promotor também confirmou que a família britânica conhecia bem a região e havia instalado um trailer em um acampamento próximo do local do crime.

Saad al-Hili, o pai de família assassinado, não tem ficha na polícia e não fazia parte das listas de suspeitos das brigadas de luta contra o terrorismo e do serviço secreto francês e britânico. O promotor francês também confirmou que o irmão de al-Hili, Zaid, se apresentou espontaneamente à polícia britânica e afirmou que não tinha problemas com Saad. Fontes próximas da investigação afirmaram à imprensa britânica que os dois tiveram uma briga sobre a herança do pai, da qual uma parte teria sido investida em bancos situados em paraísos fiscais. Nascido em Bagdá e vivendo há muitos anos na Grã-Bretanha, Saad al-Hilli, 50 anos, morava no subúrbio de Londres com a mulher e duas filhas, no condado de Surrey, no sul da Inglaterra.

Os investigadores franceses têm várias pistas, mas ainda faltam elementos para chegar aos suspeitos pela chacina. Por enquanto, nenhuma hipótese foi descartada. Nesta sexta-feira, as autoridades franceses iniciaram uma cooperação oficial com a polícia britânica e um representante da polícia francesa foi enviado para a Inglaterra. Além disso, as autópsias das vítimas começaram na tarde de hoje. Em breve, os peritos poderão determinar se os disparos foram feitos por mais de uma pessoa.

 

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