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Campanha presidencial/França

Em comício, Sarkozy diz que quer ser candidato do povo

O presidente Nicolas Sarkozy, afirmou, neste domingo, durante o primeiro grande comício de sua campanha eleitoral, em Marselha, que não será “candidato de uma pequena elite contra o povo”, justificando o referendo que pretende aplicar sobre a imigração e o desemprego. O candidato à reeleição se defendeu das acusações de populismo exaltando que seus opositores acreditam que ir ao encontro do povo não é razoável porque eles pensam que a população não é suficientemente inteligente para que seja consultada. 

Nicolas Sarkozy  at his campaign rally in Marseille, 19 February, 2012
Nicolas Sarkozy at his campaign rally in Marseille, 19 February, 2012 Reuters/Jean-Paul Pelissier
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Como já era esperado, o candidato se apoiou em um discurso “França para os franceses” - ideia já abordada em suas recentes aparições públicas como candidato à reeleição. Desde a última quinta-feira, em sua primeira reunião pública na cidade de Annecy, Sarkozy tem se posicionado como um "defensor do povo diante das elites políticas, econômicas, administrativas e sindicais, dentro do tema "França Forte" de sua campanha.

A imprensa francesa teve, assim, a confirmação da posição "muito à direita" de Sarkozy, como classifica a AFP (Agência France Presse). O presidente insistiu na linha-mestra “a França para os franceses”, destacando os novos valores de trabalho e o reforço da identidade nacional.

Já a promessa de um discurso mais calmo, apaziguando o clima de troca de acusações da última semana quando afirmou que seu principal adversário, o candidato socialista François Hollande, mente "da manhã à noite", não foi cumprida. O presidente alfinetou seu rival e a esquerda várias vezes, embora tenha prometido, ontem, durante a inauguração da sede de sua campanha no 15° distrito de Paris, que se focalizaria em uma campanha "sem agressividade".

Sem citar o nome de Hollande, o chefe de Estado o acusou mais uma vez de não "dizer a verdade" e de se fazer passar pela ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher, em Londres, e o ex-presidente François Miterrand, em Paris. Sarkozy se referia à entrevista que seu rival concedeu ao jornal britânico The Guardian, quando o socialista afirmou que a esquerda francesa havia "liberalizado" a economia no país.

Quase 10 mil simpatizantes compareceram ao evento que também contou com a presença de chefe do partido UMP, Jean-François Copé e do prefeito de Marselha, Jean-Claude Gaudin. "O UMP tem a intenção de passar a mensagem de união, coragem e generosidade", declarou Copé sobre o principal objetivo do meeting em Marselha.

Este foi o primeiro grande comício e a segunda reunião pública de Sarkozy após o anúncio de sua candidatura no dia 15 de fevereiro.

 

 

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