Crise econômica aumenta número de pobres na França
A crise econômica mundial provocou um impacto social e no mercado de trabalho na França em 2009, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Francês de Estatísticas e Estudos Econômicos (INSEE, na sigla em francês). Houve um freio no ritmo de crescimento do nível de vida e também um aumento da taxa de pobreza no país, segundo o estudo.
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A pesquisa foi feita com dados de 2009 e revela o impacto da crise econômica mundial na sociedade francesa. Na França são consideradas pobres as pessoas que ganham menos de 954 euros por mês, o equivalente a 2 mil e 200 reais.
Segundo pesquisa do INSEE, 8 milhões e 200 mil franceses, mais 13% da população, não ganharam essa renda. Ou seja, houve aumento de 0,5% do número de pobres em relação à pesquisa anterior, feita um ano antes.
A elevação da taxa de pobreza está diretamente ligada ao crescimento do desemprego no país. Em 2008 o índice era de 7,4% e no ano seguinte subiu para 9,1%.
Para o instituto de pesquisas francês, os efeitos da crise só não foram piores porque o governo adotou medidas pontuais como um aumento progressivo do salário mínimo de solidariedade destinado à população carente.
O estudo indica ainda que há mais pobres até entre os que trabalham. Cerca de 10% das pessoas acima de 18 anos que têm emprego, vivem abaixo da linha da pobreza, um aumento de 0,6% comparado com o ano anterior.
A pesquisa "Rendas fiscais e sociais" do Instituto confirmou também que a desigualdade vem crescendo na França como já demonstrado em estudos anteriores. Enquanto o nível de vida da população mais pobre, inferior a 10.410 euros anuais caiu 1,1% , para a população mais rica, superior a 35.840 euros anuais, subiu 0,7%.
"Globalmente, o contexto da crise econômica repercutiu em todas as classes sociais, mas os mais modestos foram os mais atingidos", concluiu o INSEE.
O estudo revelou ainda que a crise poupou relativamente os aposentados que tmantiveram a taxa de pobreza em 9,9% e registraram um aumento médio no nível de vida de 1,3% em 2009.
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