Português será o novo número dois da Renault
Carlos Tavares foi nomeado diretor geral de operações da Renault. Atual diretor da Nissan para a América, o português será o novo braço direito do brasileiro Carlos Ghosn. Ele assume o cargo no lugar de Patrick Pélata, obrigado a pedir demissão em abril, acusado de má gestão dos falsos casos de espionagem na multinacional.
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O nome do executivo foi divulgado durante um conselho de administração extraordinário organizado nesta segunda-feira. Ele vinha sendo apontado há semanas como o favorito para substituir Patrick Pélata. Aos 52 anos, o português Carlos Tavares conhece bem a Renault, já que passou 23 anos de sua carreira na empresa francesa, antes de assumir a direção da japonesa Nissan para a América.
O novo diretor geral de operações terá a difícil missão de virar a página do escândalo que balançou a Renault no início do ano, quando a empresa fez alarde ao denunciar um caso de espionagem envolvendo três de seus funcionários. Após muito barulho mediático, os empregados foram inocentados e Pélata foi demitido pela má gestão da situação.
O episódio provocou várias críticas à direção da empresa, inclusive a seu presidente, franco-líbano-brasileiro Carlos Ghosn, que dirige os grupos Renault e Nissan. Após o caso, o Estado francês, que possui 15,01% das ações da Renault, teria insinuado que Ghosn teria uma preferência pela marca japonesa e não se dedicava suficientemente aos franceses.
A escolha de Carlos Tavares foi apresentada como “uma primeira etapa para reforçar a gestão” da empresa, que deve assistir uma reforma importante de sua direção nos próximos meses. A Renault pretende lançar oito novos modelos até 2016, mas o anúncio dos projetos foi totalmente apagado pelo escândalo de espionagem. A empresa francesa espera, até 2014, vender 3 milhões de carros no mundo.
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