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França/FMI

Christine Lagarde apresenta candidatura à direção do FMI

A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, lançou oficialmente sua candidatura à sucessão de Dominique Strauss-Kahn na direção do FMI. Lagarde se comprometeu a dar continuidade ao programa de reformas iniciado pelo antecessor, de forma a dar maior peso aos países emergentes nas decisões do Fundo.

Christine Lagarde anuncia sua candidatura à direção do FMI, em Paris.
Christine Lagarde anuncia sua candidatura à direção do FMI, em Paris. REUTERS/Jacky Naegelen
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Segundo ela, a governança do FMI deve se ajustar ao novo equilíbrio da economia mundial. A ministra citou China, Índia, Brasil e Rússia como países que devem ter maior representatividade na instituição. Levar até o fim esta reforma será uma prioridade, disse Lagarde.

Sobre a permanência de um europeu na liderança do FMI, a ministra disse que não considera o fato de ser francesa um ponto negativo. Lagarde negou ser a candidata dos bancos e do sistema financeiro internacional, defendendo uma maior regulação das transações. Se eleita, ela pretende ficar no cargo durante os 5 anos do mandato. O processo de seleção do novo diretor-geral do FMI deve estar concluído no dia 30 de junho.

O ex-ministro da Fazenda Rubens Ricúpero disse recentemente, em entrevista à RFI, que Lagarde tem estatura e experiência suficiente nos Estados Unidos para ocupar o cargo deixado vago por Strauss-Kahn. O ex-diretor renunciou após ser indiciado por tentativa de estupro e outros crimes, em Nova York.

Uma mulher de poder

Advogada, Christine Lagarde se formou no Instituto de Estudos Políticos de Paris. Em 2007, ela se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra da Economia e das Finanças de um país do G7. Segundo a revista americana Forbes, ela é a 43ª mulher mais poderosa do mundo e a terceira da França, atrás da presidente da gigante nuclear Areva, Anne Lauvergeon (24ª), e da primeira-dama Carla Bruni-Sarkozy (35ª). 

Mãe de dois filhos, Lagarde fez uma longa carreira nos Estados Unidos. Ela trabalhou no escritório especializado em direito empresarial Baker & McKenzie, em Chicago. Retornou à França em 2005, para ocupar o cargo de ministra do Comércio Exterior no governo de Dominique de Villepin. 

Se for eleita, a francesa será a primeira mulher a dirigir o FMI. Muito popular na Europa e admirada nos Estados Unidos, Lagarde será um trunfo para os europeus que precisam de proteção para atravessar as turbulências atuais na zona euro. A ministra tem um perfil mais liberal do que o socialista Strauss-Kahn. Em 2009, o jornal britânico Financial Times a elegeu a melhor ministra das Finanças da Europa.

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