Nicolas Sarkozy lança a presidência francesa do G8 e do G20
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira diante de 300 jornalistas e embaixadores estrangeiros baseados em Paris o chefe de Estado explicou sua visão da presidência francesa do G8 e do G20. Sarkozy defendeu o papel do dólar na economia mundial e se disse favorável à criação de uma nova taxa sobre as transações financeiras.
Publicado a: Modificado a:
O líder francês expôs durante mais de uma hora a posição do país, que assume a presidência do G8 – grupo das oito maiores potências econômicas do mundo – e do G20 – conjunto das 19 nações emergentes e ricas, mais a União Europeia. Essa foi a terceira entrevista coletiva de Nicolas Sarkozy desde que ele assumiu o cargo, há quatro anos.
Durante seu discurso, o chefe de Estado apresentou as ações que considera prioritárias durante essa dupla presidência. Ele apresentou um programa com três pontos principais: o combate à volatilidade dos preços de commodities, as mudanças do sistema monetário mundial e a reforma a governança econômica global.
Intervenção do presidente francês Nicolas Sarkozy
A intervenção do presidente começou com a apresentação dos ambiciosos objetivos do país à frente dos dois grupos. Paris pretende “apresentar respostas globais para um novo mundo”, disse Sarkozy, repetindo o slogan oficial da presidência francesa.
O chefe de Estado insistiu sobre a necessidade de regulação do sistema financeiro, que seria possível graças à criação de uma taxa sobre as transações financeiras, um dispositivo “moral e útil para impedir a especulação”, explicou. O líder francês também falou da implementação de um “código de conduta sobre a gestão dos fluxos de capitais” sob o controle do Fundo Monetário Internacional.
Países emergentes
Nicolas Sarkozy também lembrou da importância dos países emergentes na nova ordem global. “A emergência de novas potências econômicas levará certamente à emergência de novas moedas internacionais”, declarou o presidente. No entanto, ele enfatizou que a França não deseja questionar o papel do dólar na economia mundial, que deve continuar sendo uma moeda forte. “Nós vamos tentar fazer com que todos concordem com os indicadores que vão permitir a análise dos desequilíbrios persistentes”, completou o líder francês, que aproveitou a ocasião para anunciar um encontro com o presidente chinês Hu Jintao, no final de março, na China.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro