Liquidações francesas terminam com balanço positivo

A tradicional temporada francesa de liquidações de verão termina nesta terça-feira. Mesmo se as federações de profissionais da moda dizem que as expectativas não foram alcançadas, os comerciantes comemoram os resultados das vendas.

Lojas francesas registraram alta de pelo menos 5% nas vendas durantes as liquidações de verão. Reuters/Jean-Paul Pelissier

Durante cinco semanas os lojistas franceses tentaram, com descontos de até 70%, se recuperar dos efeitos da crise que atingiu o setor varejista. Com uma alta geral nas vendas de pelo menos 5% em relação ao ano passado, a operação teve uma avaliação positiva do governo. Os resultados alcançados foram considerados satisfatórios pelo secretário francês para o Comércio, Hervé Novelli, mesmo se sua opinião não é compartilhada pelos comerciantes. Para a Federação do Prêt-à-Porter feminino, as vendas não alcançaram as expectativas, apesar do tempo ensolarado que normalmente convida os consumidores a sair e comprar roupas da estação. A Federação das etiquetas do vestuário tem o mesmo ponto de vista.

 Reclamações

Os profissionais do setor reclamaram do calendário das liquidações. As vendas começaram esse ano em 30 de junho, cinco dias mais tarde que no ano passado. Com isso, as duas primeiras semanas foram excepcionais, com um índice alto de vendas, mas que despencou em seguida com a chegada das férias.

Os comerciantes também se queixaram da criação das liquidações flutuantes, que permitem aos comerciantes liquidar produtos durante duas semanas de sua escolha, fora do período de saldos tradicionais do início e do meio do ano. Segundo eles, as liquidações fora da temporada prejudicariam os lojistas.

Apenas a Câmara do Comércio e Indústria de Paris fez uma análise positiva deste ano, lembrando, porém, que os comerciantes da capital são mais beneficiados que os demais, pois contam com a clientela de turistas estrangeiros. O grupo Galeries Lafayette, uma das principais lojas de departamentos da França, registrou uma alta de 30% nas vendas em sua matriz parisiense.