França rumo a negociações, nova greve a 6 de Abril
França – A França cumpre a 6 de Abril um 11° dia de protestos contra a reforma das pensões, adoptada no parlamento, embora sem votação final. Laurent Berger, secretário-geral do sindicato reformista CFDT, ouvido pela rádio pública France Info, garante que, aceitou o convite da primeira-ministra para negociar no início da próxima semana. Para ele está fora de questão não abordar a recusa dos sindicatos em aceitar a passagem da idade para a reforma para os 64 anos, embora a chefe do executivo, Elisabeth Borne, alegue que esse ponto não consta da ordem do dia.
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Estas declarações de Laurent Berger, líder do sindicato reformista francês CFDT ocorrem no dia seguinte a um décimo dia de protestos em França contra a reforma das pensões, com um número de manifestantes em recuo relativamente à semana passada: 740 000, segundo a polícia.
O chefe da CFDT, embora a primeira-ministra alegue que a ordem do dia das negociações não seja a mudança da idade da reforma, com a passagem de 62 para 64 anos, promete que vai, mesmo, falar é desse assunto.
"Vou falar disso. E se me disserem que não podemos falar disso eles que saiam da sala ou, então, seremos nؚós a de lá sair. Vamos falar dos 64 anos, vamos falar do que está a acontecer no país. Ontem, segundo os nossos números, havia ainda 93 000 pessoas em Paris. Ou seja entre um milhão e trezentas mil pessoas e um milhão e meio de manifestantes em toda a França.
As mobilizações sempre tiveram momentos de maior ou menor adesão, daqui até à mobilização de 6 de Abril damos uma margem para que as pessoas possam recuperar, em termos de poder de compra. Continua a haver uma contestação e uma rejeição profundas, um aumento do ressentimento e da fúria. É disso que importa falar, de que mais poderíamos falar ? "
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