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França

França: Intensificação de braço de ferro entre o Governo e os Sindicatos

A mobilização contra a reforma das pensões desta terça-feira, 7 de Março, foi a maior desde o início dos protestos a 19 de Janeiro. Segundo o Governo, houve cerca de 1,28 milhão de manifestantes nas ruas de França contra 3,5 milhões de acordo com o sindicato CGT.

Manifestação em Paris.
Manifestação em Paris. © AP - Lewis Joly
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A sexta jornada de contestação da reforma das pensões foi um sucesso para os sindicatos e vários sectores prosseguem com greves nesta quarta-feira.

Mas vamos por partes. Os sindicatos pediram na terça-feira para que seja organizada uma reunião de urgência com o Presidente da República, Emmanuel Macron, apelo ao qual foi o porta-voz do Governo, Olivier Véran, a responder, afirmando que as portas estãomais do que abertas’ para um encontro com o Executivo.

Quanto ao Eliseu não respondeu, directamente, ao pedido dos sindicatos.

O movimento de greve prossegue em vários sectores como o petrolífero. Todas as refinarias em França, sete, estão em greve, o que significa que nenhum combustível sai ou entra nas refinarias. Por enquanto não há escassez de combustível, mas a França ainda não se esqueceu do mês de Outubro em que não havia combustível; o país viveu aí uma situação complicada.

Os manifestantes pedem que dois pontos sejam riscados da reforma: o alargamento da idade mínima de reforma de 62 para 64 anos e a necessidade de uma carreira contributiva de 43 anos para uma reforma a 100%.

Uma reforma que entraria em vigor a partir de 2030.

A lei está neste momento no Senado com maioria de partidos de direita.

Na noite de terça para quarta-feira, a direita decidiu acelerar os debates, utilizando uma lei que está no regulamento interno que permite avançar nos debates sem haver discussões. O artigo 38 acabou com o debate. É a primeira vez desde 2015 que esse artigo foi utilizado. Houve 124 intervenções sobre o artigo 7 da reforma das pensões, que faz passar a idade de 62 a 64 anos, mas os pedidos de supressão desse artigo foram suprimidos.

Às 3h30 da manhã, de madrugada, o Senado, sem os partidos de esquerda, votou em prol de nova versão desse artigo 7, mas sem mudar nada de fundamental, sem alterar a passagem da idade de 62 para 64 anos para a obtenção da aposentadoria.

Os debates devem retomar nesta quarta-feira.

Entretanto os sindicatos já apelaram a novos dias de manifestações, a 11 de Março e a 15 de Março no dia da votação nas duas câmaras, o Parlamento e o Senado, numa Comissão mista paritária.

Protestos em França.
Protestos em França. © AFP - JULIEN DE ROSA

 

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Crónica sobre a França 08-03-2023

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