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Energia

Ministra dos Negócios Estrangeiros francesa não fecha porta ao gasoduto com Espanha

A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, disse hoje que a França continuar a analisar a possibilidade de um gasoduto entre França e Espanha, que mais tarde terá uma ligação a Portugal. A ministra adiciona assim um novo capítulo a este dossier, depois de o Presidente Emmanuel Macron ter garantido em Praga que mantinha a sua oposição a este projecto.

Catherine Colonna, la ministre des Affaires étrangères française, le 18 juillet 2022.
Catherine Colonna, la ministre des Affaires étrangères française, le 18 juillet 2022. © AFP / BENOIT TESSIER
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"Nós falámos do gasoduto e falamos sempre que nos encontramos, que é bastante frequentemente. Não houve novos elementos hoje, mas consideramos que o mais importante é olhar para a avaliação precisa de um ponto de vista económico, ambiental, energético e também a médio prazo quais são as necessidades dos nossos países, como podemos melhor avaliar todos os projectos em cima da mesa", disse Catherine Colonna, respondendo aos jornalistas.

A ministra francesa reuniu-se hoje no Quai d'Orsay com o ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e o gasoduto que visa ligar França e Espanha através dos Pirenéus, que terá mais tarde, uma ligação a partir de Portugal.

"É importante, e foi isso que combinámos, de olhar de forma mais detalhada não só a questão política, mas técnica, quais são as vantagens dos diferentes formatos, sabendo que a Europa precisa de solidariedade, de desenvolver a sua independência energética e, a curto-prazo, precisa diversificar o seu aprovisionamento energético e que é preciso combinar todos estes elementos da melhor maneira para que haja uma resposta o mais rápido possível", declarou a ministra francesa.

Estas declarações decorrem depois de Emmanuel Macron ter reiterado a sua oposição a este projecto de construção de gasoduto.

"Apoio os projetos de interconexões, mas a Europa precisa de quê nos próximos anos? De produzir mais eletricidade no seu solo e ter uma estratégia renovável e nuclear. E utilizamos a plena capacidade das ligações existentes? Não, estamos a 50% ou 60%", declarou o Presidente francês em Praga.

Tanto as autoridades francesas como as autoridades portuguesas garantem que os estudos de viabilidade deste gasoduto, o MidCat, vão continuar, havendo novas avaliações técnicas previstas até ao final do ano, com uma reunião entre as autoridades portuguesas, francesas e espanholas até ao início de 2023.

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