França: reacções da oposição frustram esperanças de Emmanuel Macron
Em França, as reacções da oposição ao discurso de Emmanuel Macron ontem à noite frustram as esperanças de união nacional pela estabilidade política.
Publicado a:
Ouvir - 00:58
Os partidos da oposição reagiram ao discurso proferido ontem à noite pelo presidente francês, Emmanuel Macron, de maneira contundente. Eles indicam desde já a inviabilidade do desejo do chefe de Estado de formar uma união nacional pela estabilidade, por forma a ultrapassar o impasse político.
A União Nacional, da extrema-direita, através do seu presidente, Jordan Bardella, denuncia a arrogância do executivo, e anuncia que o seu grupo de 89 deputados será "firme, mas construtivo, tendo como única bússola os interesses da França, e dos franceses".
O líder da esquerda unida, Jean-Luc Mélenchon, alega que “o presidente francês interpreta a paisagem política partindo da ideia de que ele recebeu um mandato claro do país. Não é o caso, ele foi eleito porque a maioria dos franceses não queria a extrema-direita. Depois, a maioria dos eleitores rejeitaram as suas propostas" nas eleições legislativas. "De agora em diante, o executivo é fraco e a Assembleia Nacional, é forte”. Ele convidou a primeira-ministra a demitir-se caso não obtenha a confiança do Congresso.
Olivier Marleix, presidente do grupo parlamentar de Os Republicanos na Assembleia Nacional, declarou que "não há alternativa ao diálogo e ao respeito evocados pelo presidente. Mas não deve haver cheques em branco a um projecto pouco claro".
Em resposta, a porta-voz do governo francês, Olivia Grégoire, criticou os discursos, e assegurou que o executivo não buscará votos nem da União Nacional, nem da esquerda unida.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro