Acesso ao principal conteúdo
Ciclismo

Ciclismo: Elisa Longo Borghini venceu Paris-Roubaix Feminino

A ciclista italiana Elisa Longo Borghini (Trek - Segafredo) venceu a segunda edição da prova Paris-Roubaix Feminino.

Elisa Longo Borghini (Trek - Segafredo) venceu o Paris-Roubaix Feminino.
Elisa Longo Borghini (Trek - Segafredo) venceu o Paris-Roubaix Feminino. © AFP - JEFF PACHOUD
Publicidade

Esta prova feminina francesa decorreu pela segunda vez na história. Recorde-se que a primeira edição, em 2021, decorreu 125 anos após a primeira edição da prova masculina que ocorreu em 1896.

A ciclista italiana Elisa Longo Borghini (Trek - Segafredo) venceu a segunda edição da prova Paris-Roubaix feminino.

A italiana sucedeu à britânica Elizabeth ‘Lizzie’ Deignan (Trek - Segafredo) que arrecadou a primeira edição. 

A equipa Trek - Segafredo venceu as duas primeiras edições.

Em 2022, o triunfo foi então para Elisa Longo Borghini. No segundo lugar ficou a belga Lotte Kopecky (Team SD Worx), a 23 segundos da vencedora, e na terceira posição terminou a holandesa Lucinda Brand (Trek - Segafredo), também a 23 segundos de Elisa Longo Borghini.

A prova contou com a portuguesa Maria Martins (Le Col - Wahoo), conhecida como Tata Martins, que terminou no 37° lugar, a 7 minutos e 1 segundo da vencedora, e com a luso-francesa Barbara Fonseca (St Michel - Auber93), que ficou no 70° lugar a 9 minutos e 19 segundos do primeiro lugar.

A RFI falou com Maria ‘Tata’ Martins que recordou a importância da prova francesa e que também abordou o bom início de temporada a nível individual e colectivo.

01:02

Maria 'Tata' Martins, ciclista portuguesa 16-04-2022

«Independentemente das condições estarem mais favoráveis este ano, é sempre uma corrida muito imprevisível pelos sectores, pelas próprias características da corrida, portanto é uma corrida muito disputada e muito táctica», começou por afirmar a atleta.

Maria Martins prosseguiu admitindo que é importante já ter participado na prova para conhecer cada vez melhor a corrida e obter bons resultados: «Sem dúvida faz uma grande diferença sabermos o que esperar. Obviamente os reconhecimentos têm um papel importante neste tipo de corridas e eu fiz vários reconhecimentos já, portanto tenho o percurso na minha cabeça, sem pontos críticos, pontos chaves. Nesse aspecto estou preparada. Pedimos sempre mais e melhor, obviamente é uma corrida especial para mim, e eu quero fazer um bom resultado. Mas sabemos que há muitas coisas que fazem parte do resultado neste tipo de corridas».

A atleta portuguesa da equipa Le Col - Wahoo também fez uma balanço dos primeiros meses desta temporada 2022: «Sinto-me bem, tive umas boas clássicas neste ano com a equipa e inclusive a equipa tem mostrado um muito bom nível neste início de ano, portanto estou confiante», afirmou a atleta portuguesa que já alcançou um 5° lugar na prova belga Exterioo Classic Brugge-De Panne: «Tentei fazer a minha preparação para o Paris-Roubaix. No caminho tive algumas provas de preparação e o quinto lugar foram coisas que à partida não deveriam acontecer. No ciclismo, dentro das corridas, tudo pode acontecer», concluiu a ciclista de 22 anos.

Maria 'Tata' Martins, ciclista portuguesa.
Maria 'Tata' Martins, ciclista portuguesa. © Cortesia Le Col-Wahoo/Honor Elliott

Quanto a Barbara Fonseca participou pela primeira vez na prova: «É uma prova entusiasmante e que faz medo ao mesmo tempo. É uma prova mítica, é por isso que se chama ‘o inferno do Norte’. É uma prova complicada e sabemos que neste tipo de provas vamos ter muitas dificuldades. O facto de estar sol foi melhor do que no ano passado em que estava escorregadio e chovia. Mas quando há luta no pelotão nos ‘pavés', neste pavimento específico, há sempre quedas e isso é sempre o que se quer evitar. Certo é que estávamos preparados para esta prova visto que fizemos vários reconhecimentos para testar o material e conhecer as sensações nos ‘pavés’. O importante era chegar ao fim da prova».

A atleta luso-francesa de 31 anos também fez uma balanço do início da época: «Foi um bom início de época. Tudo correu bem, estivemos presentes em provas na Bélgica e na Turquia. Participámos em provas com um alto nível e alcançámos bons resultados, até um pódio. Foi um bom início que culminou desde já com o convite para participarmos na Volta a França feminina neste Verão», admitiu a ciclista, que acrescentou que a equipa tem crescido: «Há mais meios que foram injectados na equipa, mas conservamos mesmo assim aquele lado familiar, em que estamos todas juntas e vivemos bem juntas. A nossa força é sabermos correr juntas».

De notar por fim que a vencedora da prova, Elisa Longo Borghini, arrecadou 20 mil euros, muito mais do que o ano passado em que Elizabeth ‘Lizzie’ Deignan levou para casa apenas 1 535 euros.

Para Barbara Fonseca, isto é um passo em frente: «No ano passado houve polémica devido ao prémio arrecadado pela vencedora. Mas também sabíamos que a organização tinha que solidificar esta prova. Agora que já se realizou a segunda edição, é normal que o prémio tenha aumentado. Estamos no bom caminho, os prémios na Volta a França vão ser maiores e acho que isso é importante para o ciclismo feminino. Estamos no bom sentido», concluiu a ciclista luso-francesa da equipa St Michel - Auber93.

00:56

Barbara Fonseca, ciclista luso-francesa 17-04-2022

Barbara Fonseca, ciclista luso-francesa.
Barbara Fonseca, ciclista luso-francesa. © Cortesia Auber93cyclisme

De referir que o Paris-Roubaix masculino decorre no domingo 17 de Abril.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.