China condena posição da França após qualificação da violência contra uigures como genocídio
A resolução que denuncia o tratamento dos uigures na China como genocídio foi aprovada na quinta-feira, na Assembleia Nacional, quase por unanimidade e a resposta das autoridades chinesas não atardou, com Pequim a mostrar-se "fortemente contra" a posição dos deputados franceses.
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"Ingerência grosseira nos assuntos internos da China" e uma resolução que "ignora a realidade e o bom senso", foi assim que a China qualificou a moção aprovada na Assembleia Nacional francesa na quinta-feira sobre o tratamento dos uigures, segundo um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
A resolução foi aprovada com apenas um voto contra e foi apresentada pelo secretário-geral do Partido Socialista francês, Olivier Faure.
L’Assemblée Nationale vient d’adopter la résolution reconnaissant le génocide Ouïghour proposée par @socialistesAN. Je pense à cet instant à @Dilnur , aux rescapés, à leur combat pour vivre libres, aux milliers de jeunes mobilisés. Nous sommes à leurs côtés. pic.twitter.com/KqyM22pkuS
— Olivier Faure (@faureolivier) January 20, 2022
No texto, os deputados declaram que a Assembleia Nacional reconhece as violências perpetradas contra os uigures, uma minoria muçulmana chinesa, como "crimes contra a humanidade e um genocídio", condenando as autoridades chinesas por este tratamento.
Também em resposta, a Embaixada da China em França, declarou que este documento é baseado "em mentiras puras" e que podem prejudicar "gravemente" as relações entre os dois países.
Este documento é aprovado numa altura em que muitos países estão a ponderar boicotar as Olimpíadas de Inverno que começam daqui a poucos dias na China. No entanto, a França não pretende participar neste boicote.
vivement » la résolution basée, selon la diplomatie chinoise, sur de « purs mensonges » risquant de « gravement porter-atteinte aux relations sino-françaises. » Ces propos ne sont toutefois pas associés à de menaces précises.
reconnaît officiellement les violences perpétrées par les autorités de la République populaire de Chine à l'encontre des Ouïghours comme constitutives de crimes contre l'humanité et d'un génocide", et les "condamne". Elle "invite le gouvernement français" à faire de même et à adopter "les mesures nécessaires auprès de la communauté internationale et dans sa politique étrangère à l'égard de la République populaire de Chine" pour faire cesser cette situation.
« Ingérence grossière dans les affaires intérieures chinoises », « résolution qui fait fi de la réalité et du bon sens en matière de droit » : le porte-parole du ministère chinois des Affaires étrangères a ressorti les éléments de langage utilisés chaque fois que la Chine se voit pointée du doigt sur la question ouïghoure.
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