As cidades de Paris, Marselha, Nantes, Rennes ou ainda Bordéus sentiram a greve do sector dos transportes públicos. Nas ruas milhares de trabalhadores desfilaram para contestar os planos sociais do executivo francês.
A greve desta quinta-feira, 17 de Setembro, foi convocada pela CGT e outras seis centrais sindicais.
No caderno de reivindicações, os sindicatos exigem acabar com a redução de postos de trabalho, protestam contra a precariedade, o aumento salarial e pedem maior desenvolvimento dos serviços públicos e o fim do projecto de reformas, conduzido pelo Presidente francês.
"A crise sanitária veio agravar as desigualdades sociais", lembra Carmen Campos, delegada sindical CFDT, sindicato que optou por não se juntar à greve.
"É necessário sair às ruas, mas nesta altura calha um pouco mal porque os trabalhadores não estão organizados, está praticamente toda a França em teletrabalho e os sindicatos não têm tido muito contacto com os trabalhadores. Assim é difícil organizar uma mobilização", descreve Carmen Campos.
Com o plano "histórico" de recuperação económica, o executivo francês prevê recuperar até 2022 os níveis de actividade anteriores à crise e evitar o aumento de desemprego. "O plano dos 100 mil milhões de euros é destinado às empresas, não sabemos para onde vai ser canalizado esse dinheiro e qual é o objectivo do governo", afirmou.
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