Esta segunda-feira, em Paris, o Théâtre de la Ville reabre as suas portas no Espace Cardin depois de também ter estado confinado devido à pandemia de Covid-19. Durante 48 horas seguidas, o teatro dirigido pelo franco-português Emmanuel Demarcy-Mota vai apresentar nove propostas poéticas, teatrais, coreográficas e musicais que são o resultado do projecto “consultas poéticas e científicas” realizado durante o confinamento. O actor Lionel Cecílio é um dos que vai subir ao palco e está “cheio de esperança” no regresso do público às salas de espectáculo.
Convidado: Lionel Cecílio
Esta segunda-feira, em Paris, o Théâtre de la Ville reabre as suas portas. Durante 48 horas seguidas, a sala dirigida pelo franco-português Emmanuel Demarcy-Mota vai apresentar nove propostas poéticas, teatrais, coreográficas e musicais que resultam das “consultas poéticas e científicas” realizadas durante o confinamento.
O actor Lionel Cecílio é um dos que vai subir ao palco e está “cheio de esperança” no regresso do público às salas de espectáculo.
"Estou cheio de uma esperança grande, boa e forte. Eu acho que vai tudo recomeçar", contou o actor à RFI depois de três meses de salas de espectáculo fechadas em Paris.
Esta noite, Lionel Cecílio vai ler poemas num projecto em várias línguas e com direcção artística de Emmanuel Demarcy-Mota.
"O Théâtre de La Ville de Paris vai dar actuações de teatro e de poesia que são a continuidade das consultas poéticas que eles fizeram antes do confinamento e durante o confinamento por telefone. O símbolo destas actuações é tornar visível o que foi invisível durante três meses", contou.
Para o actor francês de origem portuguesa a iniciativa do Théâtre de la Ville é fundamental para "passar a mensagem às pessoas que podem tornar a ir ao teatro".
"O que vai ser mais complicado não é iniciar projectos nem montar peças. O que vai ser mais complicado é dizer às pessoas que elas podem ir ao teatro e tirar esse medo que está na cabeça de toda a gente e na nossa também", considerou.
Esta segunda-feira marca também a reabertura das salas de cinema em França. Lionel Cecílio também viu adiado, em Março, o lançamento de um dos filmes em que participa devido à pandemia. O filme "Miss" de Ruben Alves, vai estrear-se em Setembro e quer fazer passar uma mensagem forte, ao mesmo título que uma curta-metragem em que Lionel participou recentemente, "Ma Famille à Moi", de Romain Poli.
"Com o movimento Black Lives Matter e tudo o que estamos a viver neste momento político internacional, eu acho que é o momento de compreender que todas as vidas contam e que somos todos humanos, seja qual for a nossa cor de pele, a nossa sexualidade. É muito importante a arte, o cinema, o teatro, a poesia irem nesse sentido de fazer avançar as mentalidades", afirmou.
Uma entrevista para ouvir no programa CONVIDADO desta segunda-feira.
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