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França: Presidente Emmanuel Macron preocupado com "epidemia de coronavírus que vai chegar"

O Presidente Emmanuel Macron visitou na manhã desta quinta-feira o hospital Pitié-Salpêtrière em Paris, onde faleceu na terça-feira o primeiro paciente francês com coronavírus e manifestou a sua preocupação face a uma "epidemia que vai chegar".

Presidente Emmanuel Macron no hospital Pitié-Salpêtrière em Paris a 27 Fevereiro 2020.
Presidente Emmanuel Macron no hospital Pitié-Salpêtrière em Paris a 27 Fevereiro 2020. Bureau/Pool via REUTERS
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A França já registou dois óbitos devido à epimemia de coronavírus, um turista chinês que falceu a 15 de fevereiro e foi a primeira morte na Europa e esta terça-feira (25/07) um professor francês de 60 anos de idade, que aparentemente, não tinha estado em nenhum país de risco e até esta quinta-feira (27/02) há o registo de 18 casos diagnosticados.

O Presidente Emmanuel Macron, acompanhado pelo ministro da saúde Olivier Véran, efectuaram esta manhã uma visita surpresa ao hospital Pitié-Salpêtrière em Paris, onde faleceu o primeiro paciente francês. 

Emmanuel Macron saudou e agradeceu ao pessoal médico pela qualidade dos serviços prestados, mas não deixou de manifestar a sua preocupação face a uma "epidemia que vai chegar".

"é preciso ao mesmo tempo, que haja uma informação transparente e é o que agradeço a todos, para que os nossos concidadãos saibam e nos possamos organizar, sem que tal crie um efeito de pânico injustificado, porque temos pela frente uma crise, uma epidemia que vai chegar..sabemos que alguns países estão neste momento já mais atingidos do que nós, o que pressupõe que nos organizemos a cada etapa, sem dúvida de forma diferente e vamos ter que enfrentá-la da melhor maneira e com a vida a continuar".

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Presidente Emmanuel Macron

O primeiro-ministro francês Édouard Philippe, que recebeu esta quinta-feira os líderes dos partidos com representação parlamentar, também afirmou que "a epidemia é provável, mas não há razão para para se ter medo, nem ser negligente, tendo apelado "à mobilisação e à calma e prometido transparência total, face aos rumores que correm".

A oposição mostrou-se "solidária" com o governo que considera "estar a fazer o seu trabalho", com excepção de Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita União Nacional, que apontou "incoerências" na gestão da crise e quer que a França implemente "restrições nas fronteiras".

O impacto desta epidemia a nível económico é significativo em França, onde a Bolsa de Paris registou esta quinta-feira (27/02) uma queda de 3,12% e segundo uma sondagem as grandes empresas francesas já perderam quase mil milhões de euros, desde meados de dezembro.

Emmanuel Macron seguiu para Nápoles onde se vai encontrar na tarde desta quinta-feira com o primeiro-ministro Giuseppe Conte, numa cimeira bilateral que não deixarà de abordar esta aepidemia, dado que a Itália é o pais europeu mais afectado, com registo de 12 mortes, mais de 600 casos diagnosticados e 11 vilas do norte do país colocadas em quarentena.

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