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Política/França

França: novas manifestações contra reforma de pensões

Depois de seis semanas de conflito, milhares de manifestantes voltaram na quinta-feira às ruas das cidades de, França para protestar contra o projecto de reforma do sistema de pensões, proposto pelo governo. Não obstante a baixa do número de contestários, os sindicatos,opostos à reforma, afirmaram estar determinados a prosseguir o movimento de greve, que afecta principalmente os transportes ferroviários e públicos urbanos.

Manifestantação em Paris contra a reforma do sistema de pensões. Janeiro 2020
Manifestantação em Paris contra a reforma do sistema de pensões. Janeiro 2020 ALAIN JOCARD / AFP
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Quadragésimo quarto dia de greve no sector dos transportes ferroviários e urbanos e mais uma jornada de manifestações em toda França, para protestarcontra o projecto de reforma do sistema de pensões, proposto pelo executivo francês.

Segundo as agências noticiosas, o número de contestários baixou desde que teve início o movimento de greve no dia 5 de Dezembro último, mas os sindicatos opostos à reforma, reiteraram a sua determinação em manter acesa a chama da contestação, perante um projecto de lei que eles consideram ser a porta aberta à pobreza para os reformados e as gerações futuras.

Em Paris, o sindicato CGT reivindicou a presença de 250 .000 manifestantes na marcha que decorreu entre os bairros Montparnasse e Place d'Italie. Na manifestação do dia 9 de Janeiro, teria havido 370.000 manifestantes.

Durante o desfile, dominado por uma maioria de docentes, podia-se ver cartazes com dísticos como " reforma por pontos: todos perderão, reforma aos 60 anos: todos ganharão".

Segundo o Ministério do Interior a intersindical hostil à reforma, reconhece que as pessoas evidenciam um pouco de fadiga, mas espera voltar a mobilizar as pessoas de maneira consequente, como no início do movimento.

O secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, considerou que a determinação está intacta e que nunca é tarde demais, para fazer ceder o governo.

Benôit Teste do FSU(Federação Sindical Unitária), sindicato de professores, afirmou não ter a impressão de que o governo mudou de posição, no que toca ao projecto de reforma das pensões.

De acordo com fontes policiais,nas outras províncias francesas,as manifestações reuniram um total de 42.000 pessoas, das quais oito mil em Marselha, segunda maior cidade francesa. O sindicato CGT reivindicou a participação de 110.000 manifestantes.

Os sindicatos opostos à reforma do executivo Macron previram novas jornadas de mobilização nos dias 22, 23 e 24 de Janeiro.

O dia 24 será a sétima jornada de greve nacional contra a reforma do sistema de pensões francês, data em que será examinado o projecto de lei, em Conselho de ministros.

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