França considera sanções dos EUA "inaceitáveis"
O Presidente norte-americano ameaçou aplicar sanções às importações de champanhe e queijo francês, Emmanuel Macron admite responder com sanções sobre produtos americanos caso se confirme a ameaça vinda dos Estados Unidos.
Publicado a: Modificado a:
França não vai ceder perante a ameaça de sanções dos Estados Unidos e vai manter a tributação dos gigantes digitais.
O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, considerou "inaceitável" o comportamento de Washington.
"Este projecto de sanções é simplesmente inaceitável. Não está à altura de um aliado, e não é o comportamento que esperamos por parte dos Estados Unidos da América para com um dos principais aliados, a França e a Europa. As coisas estão claras entre os Estados Unidos e nós europeus, se as novas sanções norte-americanas avançarem, haverá uma forte resposta europeia", afirmou ministro da Economia.
As ameaças de Donald Trump surgem na sequência de uma investigação conduzida pelo governo norte-americano, que considera que alguns serviços digitais franceses podem representar uma ameaça para as empresas tecnológicas norte-americanas.
O Presidente dos Estados Unidos da América garante não permitir "que a França tire vantagem das empresas americanas” sublinhando ainda que a União Europeia não está a tratar os Estados Unidos de uma maneira justa no que ao comércio diz respeito.
A França cobra 3% da receita das empresas tecnológicas que facturem mais de 25 milhões de euros (empresas nacionais) ou mais de 750 milhões (empresas internacionais).
Estas ameaças fizeram tremer a bolsa francesa quanto a marcas de luxo caíram entre um a dois pontos percentuais. Caso se confirmem as sanções entram em vigor no espaço de um a dois meses.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro