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Grécia

Gregos dizem não às propostas dos credores internacionais

Um dia depois de os gregos terem mostrado um cartão vemelho às propostas dos credores internacionais, o presidente francês, François Hollande, garantiu no final do encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, que "a porta está aberta às negociações" com a Grécia.

Os apoiantes do Não festejaram a vitória, este domingo à noite, 5 de Julho, em Atenas.
Os apoiantes do Não festejaram a vitória, este domingo à noite, 5 de Julho, em Atenas. AFP PHOTO / Angelos Tzortzinis
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O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, falou ao telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, e ambos acordaram que novas propostas de Atenas devem ser apresentadas amanhã. Entretanto, cinco partidos gregos assinaram, esta tarde, um comunicado conjunto e querem acordo com credores. Nova Democracia, To Potami, PASOK e ANEL chegaram a consenso com o Syriza rumo a uma negociação com os credores internacionais esta terça-feira.

O dia de amanhã vai ser repleto de reuniões: à hora do almoço juntam-se os membros do Eurogrupo e ao final do dia há Conselho Europeu em Bruxelas.

Depois do Não de Atenas às propostas dos credores internacionais no referendo deste domingo, o emblemático ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, decidiu demitir-se a pedido do chefe do Governo, Alexis Tsipras.

Euclid Tsakalotos, membro do Syriza há quase uma década, é o novo ministro das Finanças grego.  Tsakalotos comanda as negociações com Bruxelas desde Abril e defende a permanência da Grécia na zona euro.

As reacções aos resultados do referendo multiplicam-se. Os apoiantes do Não falam em uma melhor posição negocial grega perante os credores internacionais e em uma vitória da democracia. Por outro lado, os apoiantes do Sim sublinham que as negociações com o executivo grego serão agora mais difíceis e vêem a vitória do Não como um não à Europa e às suas instituições.

Alexis Tsipras, na sua alocução na televisão pública, sublinhou a "escolha corajosa" do seu povo que mudará o debate na Europa e realçou que os gregos querem uma Europa de solidariedade.

Alexis Tsipras, Primeiro-ministro grego

Em entrevista à RFI, Marisa Matias, eurodeputada portuguesa do Bloco de Esquerda, considerou ao resultado do referendo exprime uma "lição democrática" que a Grécia está a dar à Europa.

Marisa Matias, eurodeputada portuguesa

Cecília Meireles, vice-presidente da bancada do CDS-PP, era favorável ao Sim no referendo e lembrou, em declarações à agência Lusa, que as dificuldades estruturais gregas não desapareceram depois do referendo de domingo.

Cecília Meireles, vice-presidente da bancada do CDS-PP

Entretanto, os bancos na Grécia vão continuar fechados terça e quarta-feira, avançou o chefe da Federação Bancária do país. O decreto que impôs medidas de controlo de capitais, ordenando o encerramento dos bancos, expirava esta segunda-feira e era já esperado que o governo emitisse novo decreto com o mesmo objectivo.

O Banco Central Europeu também se deve pronunciar hoje sobre o assunto, devendo decidir sobre o actual tecto máximo de liquidez de emergência à banca grega.

 

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